Bradesco não está concedendo a extensão do plano de saúde, por seis meses a mais do que manda a CCT, para bancários que perdem o exame demissional ou não assinam a carta de demissão; homologação deve ser feita sempre no Sindicato
Os bancários demitidos do Bradesco devem ficar atentos para não perderem o direito à extensão do plano de saúde, por seis meses a mais do que manda a CCT, chamada pelo banco de “Benefício Adicional no Desligamento”. O banco não está concedendo a extensão para trabalhadores que não compareceram na data agendada para o exame demissional ou para aqueles que não assinarem a carta de demissão. Ou seja, para se assegurar que fará jus à extensão o bancário deve cumprir a risca todo o rito demissional.
De acordo com comunicado enviado pelo Bradesco, fica excluído do “Benefício Adicional de Desligamento” o bancário que “deixar de cumprir os processos e protocolos de desligamento informados em comunicado do Banco Bradesco e empresas ligadas”; que “deixar de proceder a devolução do equipamentos do Banco Bradesco ou das empresas ligadas (ex: notebook, desktop, celular, tablet), no local e data definidos em comunicado do Banco Bradesco e empresas ligadas”; ou que “violar norma interna do Bradesco, mesmo que após o comunicado de desligamento, constatada a qualquer tempo, a exemplo de incidentes de segurança da informação, sem exclusão de qualquer outra”.
“Entendemos o momento difícil que estes bancários demitidos, em plena pandemia, estão passando. O Sindicato entrou em contato com o banco e reivindicou que tivesse sensibilidade e fizesse uma inflexão, remarcando o exame demissional de quem perdeu e revendo a exclusão destes trabalhadores da extensão, mas o Bradesco infelizmente foi irredutível. Portanto, orientamos que os bancários cumpram à risca o rito demissional, evitando assim que sejam ainda mais prejudicados por esta postura intransigente por parte do banco”, orienta a diretora do Sindicato e bancária do Bradesco, Erica Oliveira.
“Não legitimamos de forma alguma este processo absurdo de demissões no Bradesco, um banco que lucrou mais de R$ 7 bilhões no primeiro semestre e que havia se comprometido publicamente a não demitir na pandemia, mas é papel do Sindicato orientar o bancário demitido neste momento difícil”, acrescenta.
Homologação
O Sindicato de SP orienta ainda que o bancário, tendo feito ou não o exame demissional, faça a homologação da sua demissão no Sindicato.
É importante que o bancário exija que a homologação seja feita no Sindicato. Desta forma, poderemos verificar a regularidade da demissão e fazer a conferência dos direitos devidos ao trabalhador. Inclusive, estamos conseguindo reverter casos de demissões de bancários em estabilidade pré-aposentadoria, com carta protocolada junto ao banco, ou de trabalhadores com doença crônica comprovada. Portanto, em hipótese alguma, deixe de fazer a homologação no Sindicato”, conclui Erica. (Fonte: Seeb SP)