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SANTANDER NEGA AJUDA DE CUSTO E ESTRUTURA PARA HOME OFFICE

Único dos grandes bancos que não se interessou em negociar acordo de teletrabalho com o movimento sindical, Santander informou que está em curso projeto piloto de jornada mista; em reunião com a Comissão de Organização dos Empregados (COE), banco também não esclareceu a terceirização através da STI

Em reunião realizada nesta terça-feira 10, entre a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander e representantes do banco, o Santander, único dos grandes bancos que não se interessou em negociar acordo de teletrabalho com o movimento sindical, informou que não tem qualquer intenção em fornecer ajuda de custo e nem mesmo mobiliário adequado aos trabalhadores em home office. Na mesma reunião, o banco também não esclareceu as cobranças dos representantes dos bancários sobre a STI.

Teletrabalho
Na reunião, o Santander informou que está em curso um projeto piloto, com 500 bancários, de jornada mista: quatro dias em home office e um dia com comparecimento na empresa. De acordo com o banco, é disponibilizado treinamento obrigatório para estes trabalhadores e também para os gestores, e o suporte dos sistemas está sendo aprimorado. Entretanto, foi informado de forma clara que o banco não pretende oferecer qualquer ajuda de custo aos trabalhadores, e nem mesmo mobiliário adequado.

“O Santander, mais uma vez, mostra sua postura arbitrária, unilateral e de desprezo pela negociação coletiva. Na reunião ficou clara a razão pela qual é o único dos grandes bancos que não demonstrou qualquer interesse em negociar um acordo de teletrabalho com o movimento sindical bancário. Quer jogar todo o custo do teletrabalho para o bancário, sem oferecer ajuda de custo e nem mobiliário adequado. Aumento da conta de luz, internet, cadeira e mesa adequadas para não adoecer, o Santander quer que isso tudo fique por conta do bancário”, relata a dirigente do Sindicato e bancária do Santander Ana Marta Lima.

“Cobramos que o banco recue desta posição intransigente e aceite negociar um acordo de teletrabalho que contemple as necessidades dos bancários. O Bradesco, por exemplo, fechou um acordo que prevê, entre outros pontos, uma ajuda de custo de R$ 1.080 e controle de jornada. É inadmissível que o Santander, que tira do Brasil a maior fatia de seu lucro mundial, tente impor prejuízos, financeiros e de qualidade de vida, aos seus trabalhadores”, acrescenta.

STI = Terceirização
Sobre a STI (Santander Tecnologia e Inovação) – a exemplo do que ocorre com a operação terceirizada do call center através da ToqueFale – o Santander não deu mais esclarecimentos às cobranças feitas pela COE.

“A nossa avaliação é de que o banco está criando empresas e fatiando os seus serviços nestas empresas, que contratam trabalhadores com direitos, remuneração e condições de trabalho muito inferiores aos dos bancários. É uma terceirização com objetivo de cortar custos eliminando o emprego bancário”, enfatiza Ana Marta.

“Este método de terceirização aplicado pelo Santander está alinhado com a política de precarização das relações de trabalho defendida pelo governo federal. É urgente a mobilização dos bancários do Santander em defesa dos seus direitos e empregos, mas também pela mudança efetiva da conjuntura política nacional. Essas lutas estão atreladas. O Sindicato intensificará suas atividades de denúncia, protestos e outras formas de pressão. Os trabalhadores responsáveis pelo maior lucro do Santander em todo mundo merecem e exigem respeito”, conclui a dirigente do Sindicato. (Fonte: Seeb SP)