Segundos eles, as perspectivas de volumes de crédito parecem animadoras, impulsionadas pela recuperação econômica (Por Renan Dantas)
O Bradesco deve se beneficiar da forte recuperação econômica de 2021, afirma o Banco Safra em relatório enviado a clientes.
Os analistas Luis F. Azevedo e Silvio Dória acompanharam o Dia do Investidor para entender melhor a dinâmica do banco para os próximos trimestres.
Segundo eles, as perspectivas de volumes de crédito parecem animadoras, impulsionadas pela recuperação econômica. O economista-chefe do Bradesco, Fernando Honorato, espera um crescimento do PIB brasileiro de 3,5% para o ano que vem.
“Executivos do Bradesco parecem confiantes para entregar crescimento de crédito acima do mercado em 2021 (o que deve implicar em crescimento do volume de crédito acima de 8%). Acreditamos que esse seja um indício positivo, já que o crescimento do crédito em 2020 já apresenta bom desempenho”, afirmam os analistas.
Ainda segundo a dupla, o banco vai reforçar a aposta na estratégia que já vem empregando: buscar fornecer uma ampla gama de produtos em um conceito omnicanal, ou seja, combinando produtos personalizados para cada pessoa.
Para isso, o Bradesco terá que acelerar a transformação digital, o que envolve pesados investimentos em projetos de tecnologia. Em 98% dos bancos as transações já ocorrem por meios digitais.
Provisionamento e controle de custos
Em 2021, o banco não descarta níveis de provisionamento iguais aos de 2019. Porém, os analistas afirmam que, se isso ocorrer, a provisão para créditos de liquidação duvidosa deverá ficar em R$ 18 bilhões, abaixo da estimativa de R$ 20,7 bilhões.
O banco também reforçou sua intenção de diminuir custos fechando agências ou transformando-as em pontos de serviços. O custo operacional desses pontos de atendimento é cerca de 30% menor do que o ramo regular.
“O projeto de redução total da filial deve abranger a rescisão de 400 agências e conversão de 700 unidades em pontos de atendimento”, preveem.
O Safra reafirmou a recomendação outperform, ou seja, acima da média do mercado, com preço-alvo de R$ 35, um potencial de valorização de 53%. (Fonte: Money Times)