O Bradesco demitiu 2.185 pessoas desde o dia 28 de setembro em meio a uma reestruturação na rede de agências e em outras áreas do banco. A informação é do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, mas reflete dados do país todo.
Do início do ano até o fim do terceiro trimestre, o banco havia cortado 1.395 funcionários. Não está claro quanto de sobreposição há entre os dois números, mas há relatos de centenas de demissões no banco nas últimas semanas, abrangendo diversas áreas. Em 30 de setembro, o banco tinha 95.934 colaboradores, de acordo com informações disponíveis no balanço.
Os cortes levaram o sindicato a promover um “tuitaço” contra o Bradesco durante a semana e um ato na portaria da Cidade de Deus nesta sexta-feira.
Com a rentabilidade espremida pelos impactos do coronavírus e sob o desafio de enfrentar o aumento da competição vinda de fintechs, o Bradesco anunciou a meta de reduzir nominalmente as despesas operacionais no fim desde ano e em 2021 como um todo.
Na divulgação do balanço do terceiro trimestre, a instituição financeira anunciou a reformulação de sua rede física. Em 2020, serão fechadas 1,1 mil agências, das quais 700 serão convertidas em unidades de negócios, sem caixas. Boa parte desse processo já foi concluída.
O banco também fechou acordo com os funcionários, em setembro, para regulamentar o home office após a pandemia.
No ano passado, o Bradesco já havia cortado 3,5 mil funcionários por meio de um programa de desligamentos voluntários (PDV).
Fonte: Valor Investe