O Banco do Brasil traçou um roteiro bastante conservador para crescer e melhorar sua lucratividade nos próximos anos. A estratégia não contém nenhuma pirotecnia e foca no básico: racionalizar custos, melhorar a prestação de serviços aos clientes e, sobretudo, crescer em segmentos em que o banco já é líder, ou tem um bom desempenho.
Os contornos desse plano de ação foram apresentados a analistas e investidores, durante o Banco do Brasil Day, e parecem ter impressionado positivamente a plateia.
No relatório sobre o evento que o Banco Safra enviou aos clientes, Luis Azevedo e Silvio Dória afirmam que mantêm “uma visão positiva do Banco do Brasil”. A dupla reiterou a recomendação outperform (desempenho esperado acima da média do mercado) para os papéis, com preço-alvo de R$ 56 por papel para 2021.
Caminho conhecido
Um ponto que agradou bastante o Safra é a intenção do Banco do Brasil de crescer em segmentos de crédito com bons spreads e baixo risco, como as operações com pequenas e médias empresas e os empréstimos consignados.
Segundo os analistas do Safra, a carteira de consignados do BB está crescendo a um ritmo anualizado de 15%, e a instituição deseja acelerar essa taxa no ano que vem. Os empréstimos debitados diretamente do salário do cliente são a principal modalidade de crédito pessoal do BB, e responde por 42% dessa carteira.
“Acreditamos que esta é uma indicação muito boa, já que um crescimento mais robusto da carteira de crédito pessoal sustentaria um bom desempenho do NII [receita líquida de juros, na sigla em inglês]”, afirmam os analistas.
Por último, o BB também deseja reforçar a liderança em um segmento crucial: o agronegócio. O plano é atender a todo o ecossistema, abrangendo desde os produtores rurais até seus parceiros de negócios, como os fornecedores. Para tanto, a instituição quer desenvolver linhas de crédito mais ágeis, acessíveis, por exemplo, em sua plataforma digital. (Fonte: InfoMoney)