O Banco Itaú, mais uma vez, modificou unilateralmente o protocolo de enfrentamento ao Covid-19, aumentando ainda mais a exposição dos bancários, prestadores de serviços, clientes e usuários ao risco de contaminação.
Dessa vez, mudaram o tempo de higienização das agências, que antes era feito em três dias, para apenas meia-hora. E o afastamento dos funcionários das agências onde ocorreram casos de contágio, só será feito para aqueles que tenham permanecido por mais de 15 minutos a menos de 1,5 m do colega infectado. Ou seja, na prática, o banco resolveu não mais fechar as agências e nem afastar os trabalhadores que tiveram contato com aqueles que apresentam sintomas de contaminação.
Segundo relatos de bancários, o banco obriga os gestores a entrevistar os funcionários, que têm de preencher um formulário. Há casos em que as agências são higienizadas com os bancários no interior da unidade.
Funcionários apreensivos
Os funcionários estão, com razão, apavorados, pois essa atitude da direção do banco irá provocar um aumento no número de casos de contaminação nas agências.
“Ao fazer isso, o banco arca com o risco pelos danos causados aos trabalhadores e será chamado a assumir suas responsabilidades. Não vamos aceitar que o banco bote em risco a vida dos bancários, prestadores de serviços, clientes e usuários em nome da sua sede insaciável por lucros”, acrescenta Carvalhosa.
E por falar em lucro, o Itaú, sempre o último a pagar a segunda parcela da PLR, confirmou o pagamento da verba para o dia 1º de março. Como a ROE (rentabilidade sobre o patrimônio líquido) em 2020 não ultrapassou 23%, não haverá diferença da PCR, o programa próprio de distribuição dos lucros, a ser paga agora.FONTE: Bancários Rio (FEEB SC)