A média de desligamentos por morte na categoria bancária saltou de 18,3 óbitos/mês no primeiro trimestre de 2020 para 50,6 óbitos/mês no primeiro trimestre de 2021, crescimento de 176,4%. Os dados são de levantamento feito pelo Dieese a partir do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), que não especifica as causas das mortes. Mesmo assim, é possível deduzir que esse aumento está relacionado com os óbitos de bancários por Covid-19.
O levantamento do Dieese aponta também que, entre abril de 2020 a março de 2021, ocorreu o falecimento de 418 trabalhadores da categoria, sendo que 69,8% deles de três ocupações que, em sua maioria, tinham de trabalhar presencialmente: escriturário, caixa e gerente de conta (veja mais dados sobre mortes por desligamentos na categoria bancária nos gráficos ao final da matéria).
“Esses dados justificam nossa luta pela inclusão da categoria como prioridade nos planos de imunização. As mortes aumentaram na categoria e sabemos que isto está relacionado com a pandemia. Por isso continuamos reivindicando junto ao governo federal, ao governo de São Paulo e à prefeitura paulistana que incluam os trabalhadores bancários nos seus cronogramas de vacinação. E vamos continuar pressionando para que isso ocorra”, afirma a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva.
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“Os bancos não fecharam em nenhum momento nesta pandemia, portanto, é preciso colocar os trabalhadores bancários na fila da vacinação, assim como outras categorias que também estão na linha de frente, como os trabalhadores em educação e em transportes públicos, que já estão sendo vacinados”, acrescenta Ivone.
Home office foi fundamental
Apesar dos dados serem alarmantes, a presidenta do Sindicato destaca que eles seriam ainda piores caso grande parte da categoria bancária não estivesse em home office desde o início da pandemia, uma medida conquistada pelo movimento sindical bancário já em março de 2020.
Fonte : SPBancários (FEEB SC)