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Movimento sindical pede ao Senado prioridade na vacinação para bancários

Bancários enviaram ofícios ao Senado solicitando urgência na tramitação do PL 1011/2020, que inclui a categoria na prioridade de vacinação contra a Covid-19

O movimento sindical bancário enviou nesta segunda-feira, 28, ofícios ao presidente e às lideranças partidárias no Senado pedindo a aprovação do PL 1011/2020, que inclui a categoria bancária como prioritária na vacinação prevista no Plano Nacional de Imunização (PNI) contra a Covid-19. O projeto já foi aprovado pela Câmara dos Deputados.

A categoria foi considerada essencial desde o início da pandemia e está na linha de frente, atendendo milhões de brasileiros que precisam dos serviços bancários, como o pagamento do auxílio emergencial por exemplo. Bancários e bancárias sendo considerados trabalhadores essenciais, é fundamental estarem na prioridade do PNI. O Ministério da Saúde também já foi oficiado pelos trabalhadores bancários na luta pela priorização na imunização.

A vacinação dos bancários e bancárias ajudará a combater a pandemia para além da categoria, pois reduzirá riscos de contágio também para as pessoas que precisam ir até o banco. Espaços fechados e sem ventilação como agências bancárias são aliados da Covid-19, que já matou mais de 500 mil pessoas.

A médica Maria Maeno, pesquisadora em saúde do trabalho, explica que um trabalhador com 8 horas de expediente por dia inala, em média, 4,4 mil litros de ar, e que o vírus presente no ar exalado de uma pessoa infectada pode durar horas em suspensão. Para que haja contaminação do ambiente, então, não é necessário que a pessoa infectada fale, tussa ou espirre, embora essas situações aumentem a possibilidade de transmissão.

Ela ressalta também que a transmissão do vírus é “facilitada em ambientes de baixa umidade do ar e em ambientes com baixa ventilação, com renovação de ar insuficiente. Isso faz com que a concentração de vírus no ar cresça, aumentando o risco de infecção e da sua gravidade”.

Mortes e sequelas

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), compilados pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), mostram que a categoria bancária registrou um crescente número de encerramento de contratos de trabalho por morte, seguindo uma tendência similar aos casos de óbitos desde o início da pandemia do novo coronavírus.

No primeiro trimestre de 2020 o impacto da pandemia do novo coronavírus foi quase nulo, com uma média mensal de óbitos de 18,33 vidas. Já no mesmo período deste ano (2021), com o agravamento da pandemia no país, a média mensal de óbitos se elevou para 52 vidas, com crescimento de 176,4%.

Fonte: Seeb/Santos (FEEB SC)