Segundo o levantamento, 34% querem trabalhar de casa três vezes ou mais por semana e 18% querem uma duas vezes por semana.
Por outro lado, 54% afirmaram que se preocupam que aqueles que vão ao escritório com mais regularidade terão tratamento preferencial na empresa. Veja outros dados da pesquisa sobre os receios de fazer o rodízio entre trabalho presencial e remoto:
- Para 46%, será mais difícil colaborar quando alguns colegas estão juntos e outros estão distantes
- 39% têm medo de que o relacionamento com os colegas seja prejudicado se trabalhar mais de casa no longo prazo
- 33% têm medo de que a cultura da empresa se torne menos inclusiva como resultado de trabalhar em casa
- 31% têm medo de que trabalhar em casa por um longo prazo tenha um impacto negativo na progressão na carreira
- 31% estão preocupados que o gerente não verá a extensão total das suas contribuições
Outro dado da pesquisa mostra que 60% dos entrevistados relataram que o empregador redesenhou ou irá redesenhar sua função para se ajustar a novas formas de trabalho.
O papel do escritório será mais relacionado à colaboração do que ao trabalho individual e, embora o trabalho individual continue a ser uma atividade importante no escritório, diferentes formas de colaboração e networking terão prioridade, mudando os requisitos de espaço de escritório no futuro.
Segundo a pesquisa, o modelo híbrido de trabalho não significa trabalhar apenas no escritório e em casa – 47% dos entrevistados disseram que se sentem mais produtivos em um espaço de trabalho compartilhado perto de casa e querem trabalhar dessa forma pelo menos uma vez por semana.
O levantamento contou com a participação de 9.653 pessoas em 19 países, sendo que 512 são brasileiros.
Outra pesquisa aponta maior adesão à modalidade
Outra pesquisa realizada pela Accenture mostra que, para 83% dos entrevistados, o ideal é contar com um modelo de trabalho híbrido, em que os indivíduos têm a capacidade de trabalhar remotamente entre 25% e 75% do tempo.
A pesquisa, que ouviu em março 9.326 trabalhadores em 11 países, incluindo o Brasil, aponta que 40% dos entrevistados sentem que podem ser produtivos e saudáveis em qualquer lugar, seja totalmente remoto, seja baseado num local específico, ou em uma combinação de ambos.
Mas encontrar um modelo híbrido que funcione para todas as gerações pode ser um desafio: três em cada quatro pesquisados da geração Z (74%) querem mais oportunidades para colaborar com os colegas cara a cara, uma porcentagem maior do que os da geração X (66%) e baby boomers (68%).
Orelatório mostra ainda que o que separa os trabalhadores produtivos de qualquer lugar (40%) daqueles que estão desconectados e frustrados (8%) não é o estresse, mas se eles têm os recursos certos do ponto de vista individual e organizacional para ajudá-los a serem produtivos de qualquer lugar. Esses recursos variam de autonomia de trabalho e saúde mental positiva à liderança de apoio e uma organização digitalmente madura.
As organizações que permitem que uma força de trabalho resiliente seja mais produtiva e saudável em qualquer lugar também estão colhendo benefícios financeiros: 63% das empresas com alto crescimento de receita já possibilitaram modelos de trabalho de qualquer lugar, em que os funcionários têm a opção de trabalhar remotamente ou no local. A maioria (69%) das empresas com crescimento negativo ou sem crescimento ainda está focada em onde as pessoas vão trabalhar fisicamente.
“As pessoas que têm a opção de trabalhar em um modelo híbrido são mais capazes de gerenciar os desafios de saúde mental, têm relacionamentos de trabalho mais fortes e planejam ficar com suas empresas por muito tempo”, diz Patrícia Feliciano, diretora de Talento e Organização da Accenture na América Latina.
“Muitas conversas sobre o futuro do trabalho giram em torno da localização, mas os líderes precisam perguntar como desbloquear o potencial das pessoas em qualquer lugar.”
Fonte : G1 (FEEB SC)