A segunda-feira (30) foi de aglomerações na porta da agência do Bradesco/Vitória da Conquista. Logo nas primeiras horas da manhã, clientes e depararam com filas enormes para conseguir atendimento do banco.
De acordo com o Sindicado dos Bancários de Vitória da Conquista e Região, o problema já era comum nas datas de pagamento de aposentados e ficou ainda pior com o fechamento das unidades Bradesco/Maximiliano Fernandes e Shopping Conquista Sul, além do rebaixamento do Bradesco/Bairro Brasil, que agora não opera mais com numerário.
O Sindicato disse ainda que realizou uma campanha em agosto alertando a população e o poder público sobre o risco iminente do corte de locais de atendimento na cidade. “Em plena pandemia, a redução drástica de pontos de atendimento, de cinco para duas agências no município, revela o total descaso do Bradesco para com a sociedade”.
Segundo estimativa do SEEB/VCR, as unidades vão receber cerca de 20 mil novas contas das três agências encerradas no mês de agosto em Vitória da Conquista. Alguns usuários ainda não sabiam do fechamento da agência Maximiliano Fernandes e se depararam com o local fechado e já sem a identificação do banco.
“Falam para a gente não aglomerar, mas isso é só propaganda. Como não vamos nos aglomerar em uma situação dessa? E você pode ver que grande parte das pessoas aqui são idosos e deficientes, que precisam se sujeitar a ficar na fila sem nenhuma estrutura. É desumano isso que o Bradesco faz com a gente”, afirmou a aposentada Maria do Carmo Oliveira.
O sindicato afirma ainda que ao mesmo tempo em que precariza o atendimento e expõe bancários e clientes, o Bradesco lucrou $ 12,834 bilhões no primeiro semestre do ano – um crescimento de 68,3% em relação a 2020. Somente com o valor pago pelos usuários com prestação de serviços e tarifas o banco arrecadou R$ 13,344 bilhões, o que cobre toda sua folha de pagamento em 138,5%.
“Infelizmente, o cenário que vínhamos denunciando aconteceu. Em plena pandemia, o Bradesco demonstra sua falta de respeito com clientes e funcionários fechando agências e gerando aglomerações. Não podemos achar normal que uma rua precise ser fechada porque um banco não tem condições de fornecer estrutura aos usuários dos serviços. Nesta terça-feira (31) vamos realizar uma nova manifestação para orientar a população sobre como denunciar o tempo de espera e para chamar atenção do poder público, que tem o dever de fiscalizar as condições de atendimento”, conclui Leonardo Viana, presidente do Sindicato dos Bancários.Fonte: Agência Sertão (FEEB SC)