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Com demissão em massa e fechamento de agências, Bradesco vê seu lucro disparar

Banco lucra R$7,04 bilhões no segundo trimestre. Números mostram que instituição pode atender reivindicação dos bancários na campanha salarial

Enquanto a indústria amarga queda de 0,4% na produção em junho e o varejo (comércio) recuou 8%na primeira quinzena de julho em São Paulo, centro econômico do país, o sistema financeiro continua a disparar seus ganhos.

O Bradesco divulgou na última quarta-feira (4), um lucro recorrente de R$ 7,04 bilhões no segundo trimestre de 2022. O resultado representa uma alta de 11% na comparação com igual período de 2021. As receitas de prestação de serviços somaram R$ 9 bilhões no trimestre, alta de 6,7% em 12 meses e de 4,2% na comparação trimestral.

“O sistema financeiro no Brasil tem uma lucratividade maior do que em qualquer parte do mundo. Este modelo econômico dominado pelos bancos, que estão no comando da política monetária, elevando ainda mais os juros, os maiores do planeta, precisa mudar. A ‘autonomia’ do BC é na verdade a farra dos banqueiros”, critica o diretor do Sindicato dos Bancários do Rio, Sérgio Menezes.

Que vergonha, Bradesco!

Leuver Ludolff, diretor do Sindicato e membro da COE (Comissão de Organização dos Empregados) lembra que o crescimento do faturamento do banco está relacionado ao fechamento de agências físicas e demissões em massa, que reduzem custos e aumentam os lucros.

“O Bradesco lucra ainda mais a custa do emprego da categoria e da falta de respeito com clientes e usuários, extinguindo unidades físicas e empurrando a população para pagar suas contas em correspondentes bancários e plataformas digitais. Por isso, vamos continuar a campanha em defesa dos direitos do consumidor ao atendimento nos caixas, exigindo a contratação de mais funcionários. O resultado da instituição mostra ainda que os bancos podem atender a todas as reivindicações da categoria e renovar a Convenção Coletiva de Trabalho e o acordo específico dos empregados”, destaca.

O segundo maior banco privado do país, além de demitir trabalhadores, fechando agências e transformando outras em unidades de negócio deu agora para reduzir drasticamente o número de caixas eletrônicos, num total desrespeito aos clientes.

Fonte : Seeb/Rio (FEEB SC)