Ser bancário já foi motivo de certeza de ascensão profissional. Mas, hoje, com a atual política perversa de cobrança de metas e assédio moral, os profissionais sentem na pele e na saúde um dia a dia amargo de pressões e assédio moral. Uma realidade que coloca a categoria entre as mais adoecidas do país.
O índice de bancários com depressão, transtorno de ansiedade, Síndrome do Pânico, Síndrome de Burnout atualmente é altíssimo. Para se ter ideia, uma pesquisa feita no ano passado pelo movimento sindical revelou que 67,1% dos trabalhadores do setor sentem a cabeça cheia de preocupação quase o tempo todo e 45% nunca ou quase nunca estão alegres.
A pressão para a venda de produtos está os principais problemas. Essas exigências tornam-se extremamente estressantes e acompanhadas de metas inatingíveis, expondo muitas vezes o bancário a situações vexatórias de rankings e reuniões nas quais são expostos a todo tipo de humilhação.
Muitos terminam doentes e se afastam das atividades. O mais agravante é que depois dos afastamentos, os bancos, muitas vezes de forma ilícita, tiram as comissões ou gratificações, diminuindo significativamente os ganhos dos trabalhadores. Em alguns casos, chegam a demitir.
Fonte: Seeb/Bahia (FEEB SC)