Bradesco anuncia o lançamento do seu espaço imersivo para explorar a Web 3.0 e experimentar as suas aplicabilidades na prática; segundo o head de inovação da empresa, Fernando Freitas, os habilitadores que os bancos precisam construir passam pelo metaverso (Por Soraia Alves) – imagem inovabra habitat –
Enquanto a experiência com ferramentas que usam inteligência artificial está a um ChatGPT de distância, experimentar o metaverso ainda não é tão simples. “A maturidade dessas duas tecnologias está em fases diferentes”, analisa Fernando Freitas, head de inovação do Bradesco. No entanto, diferente de algumas big techs como a Meta, que optaram por frear os investimentos no espaço imersivo para focar em tecnologias com IA generativa, o Bradesco mantém sua aposta no metaverso.
“Quando olhamos para as grandes tendências que podem impactar o setor financeiro nos próximos cinco anos, e a forma como o setor bancário mudará no futuro, o metaverso ainda está dentro de uma aposta maior relacionada à economia digital”, explica Freitas, em entrevista a Época NEGÓCIOS.
“No fim, os habilitadores que os bancos precisam construir ao longo do tempo passam por possuir: wallet que se conecta a uma nova infraestrutura construída com blockchain, capacidade de fazer custódia de múltiplas chaves de tokens, tokenizar ativos, transacionar tokens e pagamentos de tokens e criar interfaces e jornadas imersivas. Para tudo isso, a experiência no metaverso será útil”, avalia.
Pensando nisso, o banco, através do seu braço de inovação, o inovabra, está lançando o seu próprio espaço imersivo: o inovabra virtual. O protótipo, que traz uma versão digital do edifício do hub, é uma iniciativa inédita e tem como objetivo experimentar na prática a Web 3.0 e suas aplicabilidades, visando gerar conexões, negócios e aprendizados para desenvolvimentos futuros da empresa.
O novo ambiente pode ser acessado por meio de óculos de realidade virtual (VR) e via desktop. Segundo a companhia, o espaço permitirá diferentes atividades, incluindo a navegação pelo prédio e seus ambientes, a busca por startups, a conexão imersiva em salas de reuniões virtuais e o compartilhamento de conteúdos.
Segundo Freitas, é importante frisar que o inovabra virtual “não é a reprodução digital” do espaço físico. “Criamos um ambiente virtual onde as startups podem expor suas soluções, além de conteúdos de parceiros e produtos Bradesco para as startups. O ambiente foi construído especialmente para apresentar o conteúdo que hoje, no ambiente físico, não é possível ser apresentado”, explica.
Para o desenvolvimento e cocriação do ambiente, o inovabra contou com a startup 4Dmais como parceira, além de um time composto por profissionais de diferentes áreas do banco, e apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-SP).
“Nesse primeiro momento do piloto, apenas funcionários Bradesco, corporates e startups do inovabra têm acesso ao espaço, além de alguns convidados”, conta o head de inovação. “Após o piloto, o inovabra virtual terá um mecanismo de cadastro aberto ao público”, finaliza. (Fonte: Época)
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