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Aliada de Lira é indicada para comandar a Caixa Econômica Federal

O governo decidiu que a ex-deputada federal Margarete Coelho (PP-PI) será a presidente da Caixa Econômica Federal, substituindo Rita Serrano.

De acordo com informações da Folha de S. Paulo, a mudança ocorre como parte da reforma ministerial que o presidente Lula quer adiar para o próximo ano, mas que vem sendo forçado a fazer pelo Congresso para destravar votações de projetos importantes.

A expectativa é que seu nome seja anunciado ainda nesta semana, junto com uma reestruturação nas VPs (Vice-Presidências) do banco.

Assessores de Lula que participam das negociações afirmam que o acordo, pilotado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), prevê a substituição dos 12 VPs atuais.

Os cargos serão distribuídos entre indicados do PP, Republicanos e União Brasil —partidos que o presidente quer acomodar em seu governo como forma de garantir votação para projetos importantes, como o arcabouço fiscal e a Reforma Tributária.

Margarete Coelho foi vice-governadora do Piauí, é ligada a Lira e ao ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias.

Atualmente, ela é diretora de Administração e Finanças do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa).

Fonte: UOL (FEEB SC)

Em live interna, Rita Serrano diz que rumores sobre saída da Caixa são assédio moral

A presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Rita Serrano, disse nesta quarta-feira a funcionários do banco que as informações sobre sua saída do cargo são rumores, e que são uma espécie de “assédio moral”. Ela afirmou ainda que segue trabalhando, assim como toda a cúpula da Caixa, e pediu aos empregados que façam o mesmo.

“Quero que vocês saibam que eu e toda a direção da Caixa estamos trabalhando sem trégua e que essas especulações são especulações”, diz ela no vídeo. “[em] Nenhum momento existe nada concreto em relação a isso, a não ser o que se lê nos jornais, ainda por cima [em] notícias anônimas, eu diria que esse é um verdadeiro assédio moral.”

As afirmações foram feitas em Live interna, feita para os funcionários do banco na manhã desta quarta-feira, e contou com outros executivos, como o vice-presidente de Pessoas, Sérgio Mendonça. Nela, a executiva afirma que tem trabalhado de 14 a 16 horas diariamente.

Presidente da Caixa diz sofrer pressões políticas

Serrano atribui as informações sobre sua saída a pressões políticas e a interesses em desestabilizar a Caixa, sem mencionar nomes. “Já passamos por isso em outros momentos da história da nossa instituição e esse é mais um episódio desse processo pelo qual a Caixa infelizmente está passando”, afirma.

Como mostrou o Broadcast em julho e nesta semana, Serrano deve ser substituída no comando da Caixa por Margarete Coelho, ex-deputada federal e atual diretora financeira do Sebrae.

A mudança é parte da dança das cadeiras que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve fazer no governo para encaixar partidos do Centrão em cargos de peso: Coelho é ligada ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Segundo relatos, o governo está insatisfeito com Serrano à frente da Caixa.

“Continuem trabalhando”, afirmou Serrano aos funcionários

Na live, Serrano afirma que o planejamento estratégico da Caixa vai até 2026, assim como o mandato de Lula, e que precisa ser cumprido. “Queria pedir a vocês que continuem trabalhando”, diz. “O rumo que demos ao banco a partir de janeiro está dando certo, o banco está dando resultado como eu já disse, o nosso balanço do semestre demonstrou isso, não só pelo resultado financeiro, mas também pelas entregas para o País.”

Procurada, a Caixa confirmou a realização da live e o teor das afirmações de Serrano, adicionando que as especulações “visam desestabilizar a execução do dia a dia do banco”.

“O banco afirma ainda que a presidenta Maria Rita Serrano avalia que essas especulações podem ser classificadas como um tipo de assédio moral, ao qual ela tem sofrido há quase três meses”, diz a instituição financeira.

Fonte: Estadão

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