A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) anunciou que irá reformular as certificações fornecidas aos profissionais que atuam no mercado financeiro. Portanto, a partir de 2026, o CPA-10, CPA-20 e CEA não serão mais distribuídos.
O objetivo da entidade é qualificar ainda mais os profissionais, devida a rápida evolução do mercado nos últimos anos. Segundo a Anbima, desta forma, as certificações serão concedidas conforme as atividades dos profissionais, e não mais com base em instituições, cargos ou segmentos de mercado atendidos (varejo e alta renda), como acontece hoje.
As mudanças nas provas passarão a ser aplicadas a partir de janeiro de 2026 e contarão não só os conhecimentos técnicos dos candidatos, mas também a capacidade de aplicar a teoria em casos práticos e de demonstrar competências comportamentais, as conhecidas soft skills.
A nova proposta foi baseada em um estudo realizado em parceria com a Deloitte, apresentado no relatório “Um Olhar sobre as Certificações: Análise do cenário atual e propostas para o futuro”, que analisou o perfil e a atuação dos profissionais no Brasil.
Portanto, as três novas certificações, que terão seus nomes divulgados em breve, serão voltadas a uma atividade central. Sendo elas:
- Fornecimento de informações básicas sobre produtos, investimentos e serviços financeiros nas instituições, seja para prospecção ou suporte no atendimento ao cliente.
- Gerenciamento e acompanhamento do portfólio de investimentos do cliente. Entre suas principais funções, esse profissional realiza a análise do perfil do investidor, presta informações sobre os diferentes tipos de investimentos e seus riscos e, se necessário, pede auxílio para um especialista em produto antes de mudar a carteira do cliente.
- Recomendação sobre investimentos, com expertise para criar e alterar portfólios. Focado em produtos de investimentos, esse profissional pode ser especialista em classes e ativos específicos, oferecendo suporte tanto para o cliente final quanto para outras áreas da instituição.
A entidade ainda reforça que, diante do impacto da novidade para os profissionais que já têm ou buscam as certificações, eles irão ao longo dos próximos dois anos realizar ciclos de conversas com o mercado, reguladores, profissionais com certificados e escolas preparatórias, além de outros stakeholders para coletar sugestões e tirar dúvidas sobre as mudanças.
Fonte: Money Times (FEEB SC)