O Dia Internacional das Mulheres é celebrado em 8 de março e representa a luta feminina por direitos e igualdade. A data reforça a importância do empoderamento feminino e da valorização das conquistas alcançadas ao longo da história. Porém, apesar dos avanços, desafios ainda persistem, especialmente no mercado de trabalho e no acesso a oportunidades.
O empreendedorismo feminino tem ganhado força, impulsionado pela busca de independência financeira e por maior representatividade. No mercado financeiro, as mulheres também vêm conquistando espaço, demonstrando sua capacidade de gestão e investimento. Essas mudanças refletem uma transformação social e econômica significativa.
Neste artigo, você entenderá a origem do Dia Internacional das Mulheres, as principais conquistas femininas e os desafios que ainda precisam ser superados. Além disso, verá como as mulheres estão fortalecendo sua presença no empreendedorismo e no setor financeiro.
Dia Internacional das Mulheres: conheça a origem da data
O Dia Internacional das Mulheres está ligado aos movimentos operários do início do século XX. Em 1908, cerca de 15 mil mulheres marcharam em Nova York reivindicando melhores condições de trabalho, redução da jornada e direito ao voto. Esse movimento inspirou a criação do primeiro Dia Nacional das Mulheres nos Estados Unidos, em 1909.
Em 1910, durante a Conferência Internacional de Mulheres Socialistas, a ativista Clara Zetkin propôs que a data se tornasse um evento global. A proposta foi aceita e, em 1911, diversos países passaram a celebrar o dia como um marco das lutas femininas. No entanto, foi somente em 1975 que a ONU oficializou a data, fortalecendo sua importância.
Hoje, o 8 de março não se limita a celebrar as conquistas femininas, mas também destaca a necessidade de avanços em igualdade salarial, no combate à violência de gênero e na busca por maior representatividade política.
Conquistas femininas que valem a pena ser lembradas!
As mulheres conquistaram direitos fundamentais ao longo dos anos, ampliando seu papel na sociedade. Avanços na educação, política e economia garantiram maior participação feminina em diferentes áreas. Entretanto, como mencionamos, apesar das conquistas, desafios como desigualdade salarial e acesso limitado a crédito ainda dificultam o crescimento profissional e financeiro das mulheres.
Mesmo assim, é válido recordar e celebrar as conquistas das mulheres ao longo das últimas décadas e atentar-se para o fato de que muitas delas vieram tarde demais.
Educação para mulheres a partir de 1827, mas limitada
Em 1827, o Brasil sancionou a Lei Geral, permitindo que as mulheres frequentassem a escola. No entanto, a educação feminina era restrita a atividades domésticas, limitando seu acesso ao conhecimento.
A primeira mulher a ingressar no ensino superior no Brasil só conseguiu essa conquista em 1887. Desde então, a educação tem sido uma ferramenta essencial para o empoderamento feminino e a inserção das mulheres no mercado de trabalho.
Direito ao voto concedido para mulheres em 1932
A participação feminina na política sempre foi uma reivindicação importante. No Brasil, as mulheres conquistaram o direito ao voto em 1932, por meio do Decreto 21.076, garantindo sua inclusão no processo eleitoral.
Essa conquista foi um passo essencial para o reconhecimento da mulher na sociedade. Atualmente, a busca por maior representatividade feminina na política continua sendo um desafio.
Mulheres conquistam o direito de ter uma conta bancária (1962)
Até 1962, as mulheres brasileiras só podiam abrir uma conta bancária com a autorização do marido. Essa restrição fazia parte do Estatuto das Mulheres Casadas, que limitava a independência financeira feminina.
Com a revogação dessa lei, as mulheres ganharam mais autonomia sobre suas finanças. Esse foi um avanço fundamental para o fortalecimento do empreendedorismo feminino e um primeiro passo que iria levar as mulheres rumo ao mercado financeiro.
Cartão de crédito para mulheres se torna realidade (1974)
O direito de solicitar um cartão de crédito sem a autorização masculina só foi conquistado pelas mulheres em 1974. Antes disso, apenas os homens tinham esse privilégio.
A mudança na legislação permitiu que as mulheres tivessem maior controle sobre suas finanças e investimentos. Esse avanço contribuiu para a participação feminina no mercado financeiro e no consumo.
A importância da mulher no cenário do empreendedorismo
O empreendedorismo feminino tem crescido no Brasil, impulsionado pela busca por autonomia financeira. Muitas mulheres iniciam negócios próprios para superar barreiras no mercado de trabalho tradicional, como desigualdade salarial e dificuldade de ascensão profissional.
Segundo dados do Sebrae, mais de 10 milhões de mulheres comandam negócios no país. Além disso, elas demonstram maior preocupação com planejamento e sustentabilidade, tornando seus empreendimentos mais estruturados.
Por outro lado, as estatísticas do Sebrae mostram que elas ainda enfrentam desafios. Por exemplo, 76% das mulheres afirmam sentir-se sobrecarregadas ao lidar com família e negócio, enquanto apenas 56% dos homens compartilham desse sentimento. Além disso, cerca de 25% das mulheres empreendedoras já sofreram preconceito de gênero.
São números que nos deixam cientes de que há muito o que celebrar, mas também mostram que ainda existe um longo caminho a percorrer. Nesse Dia Internacional da Mulher, devemos comemorar, mas também nos preparar para melhorar a realidade feminina no Brasil e no mundo.
Mulheres no mercado financeiro: uma presença cada vez maior
O número de mulheres no mercado financeiro brasileiro tem crescido nos últimos anos. Dados da B3 indicam que, em 2023, havia mais de 1,25 milhão de investidoras, representando um aumento de 658% nos últimos cinco anos. Além disso, o valor médio do primeiro investimento feminino foi de R$ 167, superior aos R$ 62 dos homens.
A segurança financeira é a principal motivação para as mulheres investirem, com 38% apontando esse fator como determinante. Além disso, o interesse por diferentes produtos financeiros, como fundos imobiliários, tem crescido, registrando um aumento de 19% entre as investidoras no último ano.
Apesar dos avanços, ainda há desigualdade no setor. As mulheres representam apenas 24% dos investidores na B3, mesmo percentual de dez anos atrás. E, quando olhamos para o mercado de trabalho nessa área, elas ocupam apenas 34% dos cargos de liderança em bancos e fintechs.
Esses dados evidenciam que, apesar das conquistas femininas, ainda há a necessidade de políticas que promovam maior inclusão e equidade de gênero no mercado financeiro.
Quais são as principais lutas das mulheres na atualidade?
Ao longo do texto, já falamos sobre algumas dificuldades que as mulheres ainda enfrentam e que precisam ser lembradas em todo Dia Internacional das Mulheres.
A realidade atual é que apesar das conquistas, ainda há desafios significativos. O combate à violência doméstica, por exemplo, continua sendo uma pauta urgente, assim como a busca por direitos iguais no mercado de trabalho e na sociedade.
Entre as principais reivindicações, destacam-se:
- Fim da violência doméstica e de gênero: proteção contra agressões físicas, psicológicas e patrimoniais;
- Igualdade salarial: equiparação de remuneração entre homens e mulheres que ocupam os mesmos cargos;
- Maior representatividade política: mais mulheres em cargos de liderança e no cenário político;
- Apoio ao empreendedorismo feminino: acesso facilitado a crédito e capacitação para novos negócios;
- Direito ao parto humanizado e amamentação em público: respeito à escolha da mulher sobre seu corpo e maternidade;
- Maior debate sobre questões de gênero e direitos reprodutivos: inclusão do tema nas políticas públicas e na sociedade.
Fica claro que existe uma forte necessidade de maior representatividade e empoderamento feminino na política e no empreendedorismo como ponto de partida para outras questões e aumento do debate acerca do tema.
Saiba mais sobre a independência financeira feminina
A independência financeira é um pilar fundamental para a liberdade de escolha e a segurança das mulheres. Para alcançá-la, é essencial investir em educação financeira, acesso facilitado ao crédito, oportunidades de negócios e na ampliação da presença feminina no mercado financeiro.
O fortalecimento do empreendedorismo feminino e a busca por equidade no mercado de trabalho são passos estratégicos para reduzir desigualdades e promover maior estabilidade econômica. Quando mais mulheres conquistam autonomia financeira, toda a economia se fortalece, impulsionando o consumo e aumentando o poder aquisitivo da população.
Se você quer dar o primeiro passo rumo à sua independência financeira, não espere pelo próximo Dia Internacional da Mulher. Comece agora! Confira nosso conteúdo completo sobre Independência Financeira Feminina e transforme sua relação com o dinheiro! (Fonte: UOL)
Notícias FEEB PR