Uma nova leva de resultados está para chegar, e a expectativa do UBS BB é de que empresas do setor bancário surpreendam o mercado positivamente com o guidance de 2021. (Por Diana Cheng)
Com a normalização da economia, os bancos devem divulgar suas projeções para o ano nos resultados do quarto trimestre de 2020. Segundo os analistas Thiago Batista, Olavo Arthuzo e Philip Finch, as instituições financeiras podem surpreender de forma positiva pelo lado das despesas operacionais e da redução do custo de risco.
“Uma contração nas despesas parece ser o cenário-base para este caso”, afirmaram. “A contração de algumas margens também é esperada, enquanto as taxas devem expandir um dígito alto por conta de uma base de comparação fraca”.
Contração do custo de risco
O UBS BB vê uma contração sequencial considerável no custo de risco dos bancos no quarto trimestre de 2020, especialmente para Bradesco e Itaú Unibanco. Isso deve compensar a receita líquida de juros (NII, na sigla em inglês), que seguirá pressionada.
“Projetamos um custo de risco médio de 4% no quarto trimestre de 2020 (versus 3,2% de 2019). O custo de risco deve continuar se contraindo nos próximos trimestres”, comentaram Batista, Arthuzo e Finch.
Itaú Unibanco
Os analistas esperam uma expansão média trimestral de aproximadamente 4% no lucro por ação (LPA) das companhias, mais uma vez com Bradesco e Itaú à frente.
A média do retorno sobre o patrimônio líquido (ROAE, na sigla em inglês) deve atingir 16,7% no trimestre, abaixo dos 20,6% dos últimos três meses de 2019. A inadimplência continuará sob controle e a posição de capital das empresas deve melhorar, principalmente para Santander Brasil e Itaú.
O UBS BB tem a Bradesco como ação preferida no setor bancário brasileiro. Na avaliação dos analistas, os ganhos do banco devem expandir mais do que de seus pares privados, totalizando R$ 5,5 bilhões (alta de 9% na comparação trimestral, mas queda de 18% ano a ano).
O UBS BB tem recomendação de compra para Bradesco, Itaú e BTG Pactual. A recomendação para o Santander é neutra. (Fonte: Money Times)(FEEB PR)