O movimento sindical lamenta que as demissões no setor estão aumentando a já elevada taxa de desemprego, inflando os gastos da seguridade social e retardando ainda mais a já difícil retomada econômica
De janeiro a novembro de 2020, portanto em pleno período da pandemia, o setor bancário eliminou 10.286 postos de trabalho, descumprindo acordo feito com os Sindicatos de não demitir enquanto durar o estado de calamidade.
Desde o início da pandemia, o movimento sindical esteve na mesa de negociação com as instituições financeiras, e recebemos o compromisso que os três maiores bancos privados (Bradesco, Itaú e Santander) não iriam demitir, mas eles descumpriram o acordo.
[Os bancos] Anunciam para a imprensa e investem no marketing dizendo que muitas agências serão fechadas ou transformadas em unidades de negócio, que têm um custo de 30% a 40% menor. E as tarifas e serviços também vão ser reduzidas? Ou o lucro continua sendo ampliado somente para os acionistas, e a população mantém serviços precários, com a redução dos trabalhadores?
Além disso, ainda vemos que a Justiça mantém decisões contra os trabalhadores, de forma desumana e irresponsável.
De janeiro a novembro de 2020 o setor bancários demitiu 15.642 e contratou 26.928, resultando em um saldo negativo de emprego de 10.286 postos de trabalho.
Ao demitir, mesmo com lucro extraordinário, os bancos inflam a já altíssima taxa de desemprego no país, aumenta os gastos da seguridade social, e retarda ainda mais a já difícil retomada econômica. (Com Seeb SP)