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Bancários da Caixa temem aglomerações no retorno do Auxílio Emergencial

O retorno do Auxílio Emergencial foi aprovado nessa sexta-feira (12) no Senado, por meio da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 186/2019, o que tem preocupado os bancários da Caixa Econômica Federal, banco responsável pelo pagamento do benefício. Com base nas longas filas formadas em 2020 para atendimento aos beneficiários, os trabalhadores temem aglomerações em um momento em que a pandemia da Covid-19 se agrava em todo o país.

Segundo dados de  entidades sindicais, no Brasil morreram 19 empregados da Caixa no ano passado. O número mais que dobrou até final de fevereiro deste ano, com 40 mortes pela doença em funcionários do banco federal. Entidades sindicais de todo o Brasil recebem denuncias de que é perceptível que a Caixa relaxou nas medidas de segurança. Diante do agravamento da pandemia e do retorno do pagamento do Auxíllio emergencial.  Uma das queixas é que, de acordo com o protocolo da instituição financeira, quando há suspeita de casos, o trabalhador deve ser afastado, entretanto, isso tem ocorrido somente quando há confirmação da doença.No caso de algum funcionário testar positivo, a agência deve ser fechada de imediato e os colegas de trabalho que tiveram contato direto com a pessoa infectada afastados para fazer o diagnóstico. Mas o fechamento imediato também não tem sido feito, sendo postergado, e o afastamento de quem teve contato não é efetivado, relatam alguns sindicatos  que denunciam ainda, a falta de higienização em espaços coletivos, como caixas eletrônicos. O Programa Quero Atender, implantado em agosto passado em todo o país e por meio do qual os bancários se prontificam a atuar presencialmente nas agências, contribui para o relaxamento dos protocolos. As entidades relatam  que, antes do programa, apenas 30% os trabalhadores trabalhavam presencialmente. Os outros 70% atuavam de maneira remota, em sistema de rodízio. “Agora está trabalhando em casa somente quem é do grupo de risco, e, apesar de a Caixa dizer que a adesão ao programa é voluntária, há pressão por parte das chefias para que os trabalhadores declarem adesão”, aponta.Outra reivindicação é que se coloque proteção de acrílico nos caixas. “O banco teve tempo para fazer isso, mas não fez”, pontua. Os trabalhadores também reivindicam que a Caixa, durante o pagamento do Auxílio Emergencial, coloque vigilantes para controlar as filas. Em 2020, ao fazerem triagem nas filas, os bancários, muitas vezes, denunciaram sofrer agressões, entretanto, a presença dos vigilantes passou a impedir esse tipo de atitude.

Para as entidades sindicais , os bancários, em especial os da Caixa, deveriam estar entre os grupos prioritários para vacinação de Covid-19.  O assunto foi tratado pelos representantes dos trabalhadores  em reunião com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), nessa quinta-feira (11). Durante a conversa, a Fenaban disse que irá reforçar os esforços do movimento sindical junto ao poder público para que seja efetivada a inclusão.Fonte: Sindicato/bancários (FEEB SC)