Ao anunciar o excelente resultado do Banco do Brasil, com crescimento de 44,7% do lucro, o seu novo presidente Fausto Ribeiro, elogiou os funcionários, parabenizando a eles pelo resultado, numa confirmação do seu discurso de posse de valorização do funcionalismo. As declarações, porém, não correspondem à realidade, já que Ribeiro, ao contrário do que afirma, não moveu uma palha para reverter a precariedade do trabalho gerada pelo desmonte imposto pelo seu antecessor, com redução de mais de 5.800 postos de trabalho, de quase 300 agências, do corte do número de comissões e sobre o seu valor imposto também pelo programa Performa.
“Pior ainda”, frisou Rita Mota, diretora do Sindicato e membro da Comisssão de Empresa dos Funcionários (CEBB), “anunciou que dará continuidade ao que ele chama de plano de eficiência, significando, na prática, o aprofundamento da reestruturação, com mais fechamentos de agências, postos de atendimento e escritórios de negócios, além da redução ainda maior do número de funcionários”, lembrou. Além de precarizar ainda mais as condições de trabalho, significará mais restrições no atendimento aos clientes e à população e mais filas.
Rita ressaltou que, após a posse como presidente, Ribeiro não deixou dúvidas de que era mais do mesmo ao se comprometer a executar o plano estratégico da gestão anterior, cujos principais objetivos são redução de gastos da ordem de R$ 10 bilhões até 2025, com fechamento de agências, desligamento voluntário de funcionários, entre outras medidas. Ou seja, o discurso de valorização dos funcionários não passa de pura demagogia.
Terceirizados sem máscara
O Sindicato critica ainda o enxugamento da estrutura e de custos, preparatório da privatização, a contratação de terceirizados para o autoatendimento. “E sem máscaras adequadas para a prevenção da covid-19”, denunciou Rita. “O protocolo para atendimento ao público válido para os funcionários, com o uso de máscaras comuns e face shield tem que ser aplicado a todos”, frisou.
Fonte: Seeb/Rio (FEEB SC)