O Ministro da Saúde recebeu ofícios e pareceres médicos e técnicos que mostram porque categoria deve ser incluída entre as prioridades no Plano Nacional de Imunização para a Covid-19
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, recebeu, nesta sexta-feira (11), o ofício das entidades sindicais, com a solicitação de inclusão da categoria bancária no Plano Nacional de Imunização (PNI) contra a Covid-19 e as informações e dados complementares que mostram tal necessidade.
Foram apresentados pessoalmente por representantes dos bancários os dados que mostram o aumento de 176% dos desligamentos por morte na categoria. Foi explicado que as agências se transformaram em um vetor risco para as milhões de pessoas que precisam ser atendidas por este serviços essencial para a população e que, por isso, em nenhum momento pôde permanecer fechado durante a pandemia.
O ministro recebeu o pedido e vai encaminhá-lo para equipe técnica que estuda o PNI. “Ele disse que a decisão não é individual dele, mas desta equipe”.
“A atividade bancária é considerada essencial nos termos do Decreto n° 10.282 de 20 de março de 2020, alterado pelo Decreto n° 10.329 de 28 de abril de 2020, que regulamenta a Lei n° 13.979 de 6 de fevereiro de 2020”, lembra um trecho do ofício. “Preservar vidas é uma luta de todos dentro de suas esferas de competência e reduzir a transmissão do novo coronavírus com medidas preventivas é essencial”, diz outro trecho.
O documento ressalta que a “concentração de clientes e usuários nos ambientes internos e externos das agências bancárias tem crescido, com ênfase pela busca dos serviços por parte de pensionistas e aposentados da previdência social, que têm necessidade de apoio com atendimento presencial, daqueles que buscam os bancos para renegociações de dívidas ou para inscrição em programas de apoio às empresas e, majoritariamente aos mais de 67 milhões de beneficiados pelo recebimento das parcelas do Auxílio Emergencial.”
Aumento de mortes
Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) compilados pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), mostram que a categoria bancária registrou um crescente número de encerramento de contratos de trabalho por morte, seguindo uma tendência similar aos casos de óbitos desde o início da pandemia do novo coronavírus.
No primeiro trimestre de 2020 o impacto da pandemia do novo coronavírus foi quase nulo, com uma média mensal de óbitos de 18,33 vidas. Já no mesmo período deste ano (2021), com o agravamento da pandemia no país, a média mensal de óbitos se elevou para 52 vidas, com crescimento de 176,4%.
A situação é semelhante em relação aos empregados na segurança privada nos bancos, com destaque aos envolvidos no transporte de valores em veículos blindados, também os trabalhadores das redes de farmácias que aplicam os testes rápidos de Covid-19, os servidores de cemitérios, os servidores da limpeza urbana, dentre outras categorias.
Fonte: SPbancários (FEEB SC)