O Itaú, que chegou a ter 12 agências, após a fusão com o Unibanco, em 2008 – incluindo as quatro do Personnalité, reduzidas a duas, – tem agora só três agências na Visconde de Pirajá. Só na rua Visconde de Pirajá, em Ipanema, o Bradesco fechou três agências (duas que eram do HSBC, comprado em 2016, e uma própria, na praça General Osório) – (Por GILBERTO MENEZES CÔRTES) – foto Paulinho Costa feebpr –
A pandemia da Covid-19, ao reduzir a frequência nas agências bancárias até às 14 horas, foi capitalizada pelos bancos brasileiros, privados, estrangeiros e estatais para forçar os clientes a operarem via internet, especialmente pelo celular. E o resultado já pode ser visto em Ipanema, Leblon (bairros de alto poder aquisitivo no Rio) e ao longo de Copacabana. Dezenas de agências foram fechadas, com demissão de bancários e de seguranças.
Só na rua Visconde de Pirajá, em Ipanema, o Bradesco fechou três agências (duas que eram do HSBC, comprado em 2016, e uma própria, na praça General Osório). Agora há apenas três agências do banco, sendo que a da esquina com Maria Quitéria eliminou os caixas para atendimento de pessoal. Só caixas eletrônicos, que diminuíram nas duas outras restantes.
O Itaú, que chegou a ter 12 agências, após a fusão com o Unibanco, em 2008 – incluindo as quatro do Personnalité, reduzidas a duas, – tem agora só três agências na Visconde de Pirajá. Quem ganhou espaço nesse enxugamento foi o espanhol Santander, agora com quatro unidades, sendo uma do Select, seu banco para o alto padrão. Entre os bancos privados, o Safra tem uma agência e atrai a colônia judaica com a sinagoga Jacob Safra, na rua Nascimento e Silva, 115. O Original (do grupo J&F, dono da JBS) tem uma agência, assim como o BMG, e o banco cooperativo Sicoob, no Forum de Ipanema.
O Banco do Brasil tem três agências, incluindo a Estilo, para a clientela de alto padrão, na rua Aníbal de Mendonça. A Caixa Econômica Federal, que além de banco tem uma infinidade de programas sociais para atendimento ao público, como o FGTS, PIS, Auxílio Emergencial e Seguro Desemprego, abre mais cedo, às 9 horas (como os demais bancos, que reservaram o horário de 9 às 10 para atendimento a idosos e gestantes). Mas a CEF, mas encerra o expediente bancário às 13 hs. Questões de cidadania deveriam ter horário mais elástico.
Comércio avança nos bairros
A polêmica que surgiu em décadas recentes, quando a concentração bancária foi enxugando o número de agências e dando espaço aos letreiros de farmácias, parece ter ficado para trás. Nos anos 90, Ipanema chegou a ter quase duas dúzias de bancos com agências na Visconde de Pirajá. Com as privatizações e o processo de concentração, desapareceram as agências do Banerj e Bemge (comprados pelo Itaú), Banespa (Santander) e Crédito Real de Minas Gerais, privatizado pelo BCN, comprado pelo Bradesco. As fusões e incorporações fizeram desaparecer o Bamerindus (que virou HSBC), Nacional (comprado pelo Unibanco), Real, Boavista, Boston, Citibank, Francês e Brasileiro, Sudameris, Econômico, Noroeste, entre outros.
Em bairros com alto poder aquisitivo e grande concentração de idosos, é natural a convivência de agências bancárias com farmácias, pois o alto poder aquisitivo aumenta a expectativa de vida e o uso mais amplo de medicamentos. Felizmente, nem toda agência bancária fechada virou farmácia. Pelo menos em Ipanema algumas delas fecharam (talvez por excesso), mas em seus espaços surgiram, a cada quarteirão, laboratórios de análises clínicas. A longevidade exige cuidados especiais com a saúde. E a reclusão da pandemia aumentou a procura por animais domésticos e as lojas de Pets.
Sem shoppings, como Leblon, Copacabana e Botafogo, apenas com centros comerciais, Ipanema, após a frustrada experiência de dois grupos de varejo que abriram lojas de rua e fecharam em 2019 – a Renner, que aproveitou a pandemia para concentrar operações em shoppings, e as Lojas Marisa, que não conseguiu concorrer com a vizinha C&A e a Riachuelo ,- vê com bons olhos a chegada ao bairro do Magazine Luiza. (Fonte: Jornal do Brasil)
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