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Como se proteger de golpes bancários em caso de perda ou furto de seu smartphone

Conforme o Olhar Digital noticiou nesta quarta-feira (7), quadrilhas especializadas em furtos de smartphones conseguem facilmente desbloquear qualquer modelo de iPhone para realizar transações ilícitas. Mas, não são apenas donos de celulares da Apple que devem se preocupar, pois qualquer aparelho é apto a ser invadido por pessoas mal intencionadas.

Portanto, caso você tenha seu smartphone furtado ou, simplesmente, acabe perdendo o aparelho ao esquecê-lo, por exemplo, no transporte público, na academia, no shopping ou na rua, é preciso tomar medidas rápidas para evitar maiores transtornos.

Primeiramente, se você ainda estiver com seu celular são e salvo em suas mãos, tenha certeza de que as configurações de segurança do aparelho e dos aplicativos estão adequadas para situações de risco.

Como vimos na matéria, os bandidos se aproveitam que os aparelhos guardam muitas informações que podem permitir que eles tenham acesso e/ou mudem as senhas usando, por exemplo, dados armazenados em e-mails, redes sociais ou outras ferramentas disponíveis nos smartphones.

Segundo o presidente da Associação Brasileira de Proteção de Dados (ABPDados), Renato Opice Blum, em entrevista ao G1, “quando um aparelho é roubado desbloqueado, fica mais fácil para os bandidos violarem certas medidas de segurança ou redefinirem senhas de acesso”.

Isso foi confirmado pelos próprios criminosos presos pela equipe de polícia liderada pelo delegado Fabiano Barbeiro, do caso citado na nossa matéria. De acordo com os policiais, os golpistas preferem utilizar telefones já desbloqueados, pagando valores bem maiores pelo que chamam de “tapas”, que são os furtos feitos pelos jovens de bicicleta que se apossam dos aparelhos quando as vítimas estão distraídas, falando ou mexendo no celular.

Veja abaixo dicas de especialistas e recomendações da Federação Brasileira de Bancos (Febraban):

  • Defina uma configuração de bloqueio da tela de início do celular e selecione a opção de bloqueio automático mais rápida que o aparelho oferecer (30 segundos, por exemplo);
  • Mantenha o sistema operacional do smartphone atualizado e verifique constantemente se existem atualizações de aplicativos pendentes;
  • Nunca utilize o recurso de “lembrar/salvar senha” em navegadores e sites. Se tiver esse recurso ativado em algum site, desabilite;
  • Nunca tenha senhas anotadas em blocos de notas, e-mails, mensagens de WhatsApp, agenda ou outras ferramentas do celular;
  • Prefira usar senhas fortes e evite repetir o código de acesso ao seu banco para uso em outros aplicativos, email ou sites de compras;
  • Sempre que possível, use ferramentas de segurança adicionais, como biometria, reconhecimento facial e dupla autenticação (a segunda senha) em aplicativos e também no email;
  • Não permita o recebimento de notificações quando a tela inicial estiver bloqueada – desative o recurso nas configurações do aparelho;
  • Defina um PIN também para o chip do celular. Assim, se o aparelho for reiniciado, será necessário inserir o código pessoal para uso da linha e envio e recebimento de SMS

Quais providências devem ser tomadas em caso de perda, furto ou roubo do smartphone?

A primeira medida a ser tomada se o seu celular for furtado ou roubado, ou mesmo em caso de perda do aparelho (estando o aparelho desbloqueado ou não), é apagar os dados remotamente.

Isso pode ser feito acessando as páginas que a Apple (no caso de iPhones) e o Google (para o sistema Android) criaram para localizar dispositivos perdidos.

Para realizar o procedimento em um iPhone, clique aqui. Se o seu aparelho for de sistema Android, clique aqui.

Somente depois de fazer isso é que você deve comunicar a operadora sobre o ocorrido, para para o bloqueio imediato do chip e do Imei (Identidade Internacional de Equipamento Móvel). Se você acionar a operadora antes de

deletar os dados, sua linha será cancelada e seu smartphone ficará sem internet, de modo que não receberá o comando para limpar o dispositivo.

Além disso, é recomendável entrar em contato com os seus bancos (se tiver conta em mais de um) para o bloqueio dos aplicativos e das contas. Também é importante que seja registrado um boletim de ocorrência.

Obviamente, é imprescindível trocar as senhas e as configurações de autenticação das contas e dos aplicativos instalados no smartphone, incluindo redes sociais e e-mail.

Existe uma ferramenta chamada Registrato, que é do Banco Central. É recomendável acessá-la para verificar se os seus dados não foram utilizados para abertura de contas, empréstimos ou outros fins semelhantes.

É possível pedir o ressarcimento ao banco

Segundo o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), é responsabilidade dos bancos garantir a segurança dos aplicativos e das operações financeiras. Portanto, as vítimas que tiverem suas contas acessadas por esse tipo de golpe têm todo direito de pedir ressarcimento em caso de um eventual prejuízo.

De acordo com o órgão, cabe ao banco comprovar que não existiu qualquer falha de segurança e que a culpa teria sido exclusiva do cliente.

Os clientes que enfrentarem algum problema com a instituição financeira nesse tipo de situação podem fazer também uma reclamação no site do Banco Central e junto ao Procon.

Fonte: Olhar digital (FEEB SC)