Para evitar a reintegração o Santander está pressionando bancários a aceitar acordo rebaixado para a demissão. A maioria é originária do Call Center, está em licença para tratamento de saúde, ou tem estabilidade provisória. “Repudiamos esta pressão e orientamos os bancários a procurarem o Sindicato. Esta prática usada pelo banco espanhol visa driblar os direitos e garantias previstos na legislação brasileira”, afirmou Marcos Vicente, diretor do Sindicato e integrante da Comissão de Organização dos Empregados (COE).
Para o dirigente esta é uma demonstração de desrespeito e desvalorização dos trabalhadores. Os ‘contatos’ vem sendo feitos insistentemente por telefone e via whatsapp, numa busca desesperada por acordo de rescisão de contrato de trabalho. “Pelo que tomamos conhecimento, estas propostas são ridículas. Dentre os assediados estão adoecidos pela empresa, funcionários com estabilidade pré-aposentadoria garantida na Convenção Coletiva de Trabalho e até mesmo gestantes e mães em plena licença maternidade”, denunciou.
Terceirização
Em sua grande maioria são trabalhadores do Call Center Conexão Rio de Janeiro. “Esses trabalhadores foram retirados de seu local de trabalho às pressas e substituídos por terceirizados da SX Negócios, que também faz parte do grupo Santander. Vale ressaltar que os trabalhadores da SX têm salário muito aquém dos bancários do Conexão RJ, resultando em precarização e desvalorização de mão de obra”, constatou.
Como exemplo citou o salário de assistente que não chega a 50% do valor recebido pelos bancários do ConexãoRJ. “E ainda têm que escolher entre vale alimentação ou refeição, e são obrigados a trabalhar seis dias na semana”, ressaltou.
Fonte: Seeb/Rio (FEEB SC)