Em um ano em que o Brasil atravessa um momento extremamente difícil, no qual o país enfrenta o que pode ser chamada de “tempestade perfeita” – crise sanitária, econômica e política – os bancários conquistaram a reposição total da inflação e ainda tiveram aumento real. Resultado do acordo de dois anos negociado na Campanha Nacional de 2020, a categoria terá reajuste de 10,97% sobre salários, VA e VR, sobre as parcelas fixa e adicional e teto da PLR e demais verbas (13ª cesta, auxílio creche/babá, vale transporte, auxílio-funeral, requalificação profissional, entre outras).
Além disso, mesmo sofrendo ataques por parte dos banqueiros durante quinze duras negociações, os bancários mantiveram todos os direitos clausulados na sua Convenção Coletiva de Trabalho.
Maioria das categorias teve perdas salariais
O fato dos bancários terem conquistado aumento real, em conjuntura extremamente adversa, é uma prova da organização e da força da mobilização da categoria. Ao contrário dos bancários, a maior parte das outras categorias sofrem com perdas salariais. Ou seja, não tiveram nem mesmo a reposição das perdas inflacionárias nos acordos negociados com os patrões.
Entre janeiro e julho de 2021, 50,3% dos acordos negociados resultarem em perdas salariais, 32,2% obtiveram a reposição exata da inflação medida pelo INPC, e apenas 17,5% conquistaram aumento real. Além disso, a variação real média dos reajustes no primeiro semestre foi negativa: – 0,71%.
“Vale ressaltar que o fechamento da Campanha Nacional de forma antecipada, realizada em 2020, mostrou-se assertivo frente a alta inflacionária dos últimos meses e da instabilidade econômica, social e, sobretudo, política que o país atravessa. Os bancários são exemplo de mobilização e conquistas. Sabemos que a campanha fechada no ano passado entra para a história como uma das mais difíceis em função de uma conjuntura nada favorável, em meio a uma pandemia mundial. Tivemos uma dura negociação com os bancos durante 15 rodadas cobrando dos bancos o avanço e a manutenção dos nossos direitos”, avaliou em artigo a presidenta do Sindicato dos Bancários de SP, Osasco e Região, Ivone Silva. (Fonte: Seeb SP) (FEEB SC)