Os trabalhadores da área de crédito imobiliário do Itaú, no segmento Personnalité, estão sobrecarregados e no limite da exaustão física e mental, sendo obrigados a cumprir horas extras para dar conta da demanda de trabalho. De acordo com denúncias que chegaram ao Sindicato, a situação foi agravada por conta de um novo modelo de trabalho, denominado Full BPO.
No modelo Full BPO, o bancário responsável pela conversão também deve fazer a formalização da contratação do crédito, o que antes ficava sob responsabilidade de outra equipe.
“Antes do modelo Full Op, a equipe de formalização ficava responsável por todo o trabalho dos documentos fornecidos pelo cliente após o envio da documentação inicial pelo pessoal de conversão. Ou seja, cuidavam do acompanhamento e finalização do processo, incluindo pendências do cliente, ajuste de propostas, análise de documentos, confirmação de valores, portabilidade, emissão do contrato, entre outras funções. Com o Full BPO, o funcionário da conversão ficou responsável também por este processo, assumindo uma carga de trabalho que antes demandava pelo menos duas pessoas”, relata a dirigente do Sindicato e bancária do Itaú, Elaine Silva.
A consequência desta mudança é que os funcionários da conversão que estão inseridos no modelo Full BPO são obrigados a fazer horas extras pelo fato de que não é possível atender a demanda de trabalho durante a jornada de oito horas, o que os leva a uma situação limite de estresse e exaustão, privando-os ainda do necessário descanso e convivência familiar.
Além disso, a situação é agravada ainda mais pela exigência de 75 pontos para receber a remuneração variável, o que se tornou ainda mais difícil com a absorção das novas funções pelos trabalhadores e a meta extremamente alta.
Contratações
O Sindicato entrou em contato com o banco cobrando uma posição sobre a situação destes trabalhadores, enfatizando que problema semelhante ocorreu na área de veículos quando da gestão do mesmo superintendente que hoje está no Crédito Imobiliário, e cobrando contratações para a área ou mesmo a transferência de bancários que buscam realocação.
“Enquanto o banco bate recorde no financiamento imobiliário, os trabalhadores responsáveis por este resultado estão sendo penalizados, sendo expostos a riscos para sua saúde física e mental. Uma situação insustentável. Cobramos do banco um posicionamento urgente e contratações para a área, que venham a reduzir significativamente a sobrecarga de trabalho”, conclui Elaine.
Fonte : SPbancários (FEEB SC)