Abriu suas agências em horário normal nacionalmente sem discutir com os sindicatos e largou a negociação entre a Febraban e o movimento sindical, sobre o retorno presencial. Foi o pioneiro entre os bancos na medida sem se importar com a saúde dos bancários
“Mais uma vez, o Santander é pioneiro em desrespeitar seus funcionários em relação à transmissão da Covid-19. Em uma medida de âmbito nacional abriu às agências no horário normal, em plena pandemia, sem negociar com os sindicatos, desrespeitando outra vez o que determina o acordo coletivo firmado com o movimento sindical”, afirma Fabiano Couto, dirigente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.
Fabiano se refere ao Comitê de Relações Trabalhistas, previsto na cláusula 35 do Acordo Coletivo de Trabalho firmado entre o banco e seus funcionários, que em seu parágrafo primeiro define que as demandas do Santander e dos empregados, que não tratem de questões econômicas e de interesse local dos sindicatos, deverão ser encaminhadas através do Comitê.
Pioneiro
A volta da abertura das agências até às 16h era uma pauta que estava sendo debatida entre os bancos que fazem parte da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), mas não houve consenso e o encaminhamento foi de que a medida seria tomada de forma individual.
“Novamente o banco espanhol Santander é o pioneiro entre os bancos nestas questões que afetam diretamente os bancários e colocam em risco a saúde de todos. O banco não se importa em demonstrar que não está nem aí com o que possa acontecer com seus funcionários. O lucro acima da vida é seu objetivo, pelo menos aqui no Brasil”, indigna-se, o dirigente.
Santander ignora pandemia e volta ao horário normal a partir de segunda
Uma pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) avaliou as condições de teletrabalho da categoria após mais de um ano de duração dessa modalidade neste período de pandemia de Covid-19. Mais de 13 mil bancárias e bancários responderam ao questionário, que aponta maior incidência de diagnóstico positivo de Covid-19 (38%) entre os que permaneceram no trabalho presencial do que entre aqueles que passaram a modalidade em home office (23%). Chamou a atenção o fato de que o banco que menos colocou trabalhadores em teletrabalho foi o que mais teve registros de contaminação.
Fonte: SEEB/SP (FEEB SC)