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Desmonte do BB aumenta o lucro e a sobrecarga

Às custas da saúde dos bancários que trabalham sobrecarregados, por conta do número reduzido do quadro de pessoal, e sob pressão excessiva de metas inatingíveis, os bancos anunciam lucratividade exorbitante de janeiro a setembro. O BB é um exemplo. Lucrou R$ 15 bilhões em nove meses, um crescimento de 48,1%.

Somente no terceiro trimestre do ano, a empresa registrou lucro líquido recorrente de R$ 5,13 bilhões. Aumento de 47,6% ante o mesmo período do ano anterior e de 2% em relação ao segundo trimestre deste ano. O que muita gente não sabe é que o resultado foi puxado também pelo fechamento de postos de trabalho e de agências.

Em um ano, o Banco do Brasil eliminou 7.037 vagas e encerrou as atividades em mais de 390 agências. No final de setembro, a instituição contava com 85.069 funcionários. O corte drástico acontece em função do desmonte. O BB possuía 92.106 em setembro de 2020. Em contrapartida, houve elevação no número de clientes em 3,4 milhões para mais de 76,8 milhões.

Desde 2017, o banco sofre com o desmonte disfarçado de reestruturação. Gerentes de serviço se reuniram, em outubro, com a administração da empresa e relataram os problemas, como acúmulo de funções que causa o adoecimento e sobrecarga para os trabalhadores. Mas, a direção do BB não está nem aí.

Fonte: Seeb/Bahia (FEEB SC)