Os bancos não levaram em conta o alerta feito insistentemente pelo movimento sindical bancário sobre o perigo evidente que o retorno ao trabalho presencial, inclusive de quem é do grupo de risco e a volta ao horário normal (de 10 às 16 horas) traria para a saúde e a vida da categoria bancária. A consequência imediata foi a disparada dos casos de contaminação, tanto em agências, quanto em prédios administrativos de bancos privados e públicos.
Ainda não há uma estatística precisa, mas já é possível avaliar que a consequência da decisão está sendo o aumento do número de bancários e bancárias atingidos pela covid-19. Para a presidenta em exercício do Sindicato, Kátia branco, foi grave o comportamento dos bancos que expuseram os bancários ao ignorar os alertas do Comando Nacional dos Bancários de que o retorno ao presencial não poderia acontecer porque a pandemia ainda estava fora de controle, e, pior, com o aumento de casos de novas variantes que se espalhavam com rapidez, como a Delta e a Ômicron, além da epidemia da influenza H3N2 no Brasil.
Bancos privados
Primeiro a obrigar os bancários a voltar ao trabalho presencial, o Santander, diante do recrudescimento da pandemia e com o surto da gripe H3N2, agora cobra, em todo o país, o cumprimento dos protocolos de prevenção. Disponibilizou na intranet as medidas que devem ser seguidas, inclusive com orientações para gestores e funcionários, e um FAQ com perguntas e respostas.
O Sindicato confirmou várias agências com ocorrências de covid nos demais bancos privados, como Bradesco e Itaú. “A situação é grave, mas poderia ser bem pior, caso o governo não tivesse sido pressionado a fazer uma ampla campanha de vacinação”, avaliou o diretor do Sindicato, Sérgio Menezes.
Bancos públicos
A explosão da contaminação aconteceu igualmente no Banco do Brasil e na Caixa Econômica Federal. No primeiro, o problema, associado à falta de planejamento da Cassi, provocou uma pane no atendimento, com filas virtuais de mais de 800 pessoas.
Na CEF, foram verificados inúmeros casos no prédio Aqua Corporate da CEF, no Porto Maravilha e no Passeio Corporate, na Rua das Marrecas; além de contaminações em diversas agências da Avenida Rio Branco, Presidente Vargas, e na agência Tijuca. A maioria dos setores onde há infectados continuou funcionando.
Fonte: Seeb/Rio (FEEB SC)