O aumento dos descredenciamentos de serviços médicos do Saúde Caixa em algumas regiões do país marcou os debates da primeira reunião ordinária, em 2022, do Conselho de Usuários do plano de saúde dos empregados do banco público, nesta quarta-feira 23. “A saúde dos usuários não é mercadoria”, destacaram os membros eleitos, que representam os trabalhadores no colegiado.
Na oportunidade, a coordenadora do Conselho de Usuários, Zuleida Martins Rosa, leu ofício em que reivindicam soluções imediatas para o problema.
“Nós, membros eleitos do Conselho de Usuários do Saúde Caixa, em diversas ocasiões, repassamos aos senhores as aflições dos usuários que não encontram atendimento na rede credenciada constante nos meios de comunicação do plano. Muitos esclarecimentos nos foram dados, mas os problemas não se resolvem”, ressalvam no documento.
“Esperamos que este momento seja um marco para resolução desse problema, que é a principal reclamação hoje dos usuários”, reforçou Zuleida, ao ser apresentada a nova estratégia da GESAD para novos credenciamentos nas regiões menos favorecidas no atendimento pelo Saúde Caixa.
Uma das medidas reivindicadas pelos conselheiros eleitos é a retomada dos comitês de credenciamento.
“É fundamental ter comitês regionais com representações dos empregados e empregadas, para ajudar a ampliar essa movimentação por novos credenciados”
Chico Pugliesi, dirigente do Sindicato, empregado da Caixa e membro do Conselho de Usuários do Saúde Caixa
O Conselho Eleito ainda solicitou que as reuniões com o GT Saúde Caixa sejam retomadas. “Muitas das sugestões do Conselho de Usuários só têm continuidade e são colocadas em prática com as negociações do GT com a empresa, além do acordo coletivo” , lembra Zuleida Martins Rosa.
A Caixa informou que está realizando uma atualização do cadastro dos prestadores, processo que deve durar até junho e que trabalha também com o que foi denominado de credenciamento estratégico. A primeira onda abrangerá 201 municípios com maior quantidade de usuários sem assistência nas especialidades consideradas essenciais. Prazo para conclusão é junho de 2022. A segunda onda, prevista para terminar
em setembro, contemplará mais 168 municípios.
Os membros do Conselho de Usuários também protestaram contra a demora na apresentação do relatório atuarial do plano de saúde, o que deveria ter ocorrido em dezembro. Na reunião desta quarta-feira, o assunto estava na pauta, mas como o relatório ainda não foi validado pelas instâncias da Caixa, não pôde ser debatido.
Os conselheiros eleitos registraram o ofício, enviado à direção da Caixa, em que lamentam a falta de transparência. “A contínua falta de transparência e ausência de informações quanto aos números do Saúde Caixa impedem a análise do desempenho financeiro do plano e o acompanhamento, por este Conselho, para sugestões de melhores práticas e soluções para garantir a continuidade de atendimento aos milhares de usuários do Saúde Caixa”.
Segundo os conselheiros, o repasse das informações ao colegiado é essencial, para que cumpram seu papel de acompanhar a gestão do plano de saúde.
Os conselheiros eleitos cobraram o envio do documento para analisarem junto à sua assessoria técnica e o agendamento de uma reunião extraordinária para analisar as informações.
Fonte : Seeb/SP (FEEB SC)