Os dados do Santander mostram que o banco tem mudado a estratégia de negócios e adotado um perfil mais conservador na concessão de crédito. O balanço do primeiro trimestre deste ano teve como um dos destaques negativos a queda do lucro e o aumento das PDD (Provisões para Devedores Duvidosos).
Se comparado aos demais grandes bancos em atividade no país, como o Banco do Brasil, Caixa, Bradesco e Itaú, o Santander registrou o menor crescimento da carteira de crédito.
No balanço, o próprio banco chegou a declarar que espera uma expansão mais seletiva da carteira de crédito, com foco na “melhoria na qualidade do portfólio” e na “vinculação e expansão de alta renda”. Ou seja, ênfase nos clientes mais abastados para ampliar a receita neste segmento, que é oito vezes maior do que a oriunda de clientes de varejo.
O Santander aumentou em 36% os clientes de alta renda, totalizando 834 mil. A meta é chegar a 1 milhão até o final de 2023. A carteira de crédito do segmento subiu 16%, o dobro do crescimento da carteira total de pessoas físicas. As pequenas e médias empresas foram escanteadas em favor das grandes organizações.
Fonte: Seeb/SP (FEEB SC)