Famoso pelo assédio moral, metas abusivas, sobrecarga de trabalho e demissões imotivadas, o maior banco do país, apesar de tudo isso, foi agraciado com o selo “Great Place to Work”, na sua versão brasileira, o que escancara, no mínimo, uma absurda contradição que deveria ser explicada pela consultoria concessora da certificação.
O selo é amplamente divulgado pelas empresas e usado como instrumento de atração de trabalhadores no Linkedln.
Insegurança nas agências
Nas agências físicas do novo modelo “Espaço Itaú de Negócios”, soma-se ao problema das metas, a ausência de vigilantes e de porta giratória, criando um clima de medo entre os bancários, vulneráveis a assaltos e outras situações de risco.
que é e como funciona
A Great Place To Work Institute Inc. é a empresa de consultoria responsável pela certificação GPTW no mundo. Em seu site explica que a metodologia da pesquisa que dá origem às “Melhores Empresas para Trabalhar” é fruto de um trabalho minucioso de escuta dos funcionários.
Acrescenta que uma das dúvidas que mais surgem “dentre as histórias que andam contando sobre nós é a compra dos selos. Nossa empresa tem fins lucrativos e, portanto, nosso processo de aplicação da pesquisa é pago. Mas para que a empresa receba um selo GPTW, além de contar com a amostra mínima de funcionários respondentes (que varia de acordo com o tamanho da empresa), 7 a cada 10 funcionários precisam avaliar a empresa de forma favorável (mínimo de 70% no nível de satisfação ou no Índice de Confiança, como chamamos por aqui)”.
No Brasil, a pesquisa é feita pela Sad Consultoria Ltda. (SAD), empresa afiliada e licenciada pela GPTW Inc. A Sad informa em seu site que presta serviços de consultoria para avaliação e aprimoramento de ambiente de trabalho, mediante a aplicação de método e tecnologia próprios, criados e desenvolvidos por ela ou de propriedade do GPTW. Para tanto, realiza “Pesquisas de Clima Organizacional” mediante coleta da “Percepção do Clima Organizacional” dos colaboradores de seus clientes.
Fonte: Seeb Rj (FEEB SC)