A representação dos empregados cobrou, durante reunião do GT de Condições de Trabalho realizada nesta terça-feira (18), maior celeridade e soluções efetivas da Caixa Econômica Federal. Esta é a quarta reunião deste grupo de trabalho. Tivemos avanços em alguns temas, mas os casos prioritários, como a situação da saúde psíquica dos empregados, continuam sem sequer serem tratados nas reuniões, inclusive ainda não foi repassado os números dos empregados afastados e qual o motivo do afastamento, que são causados principalmente na busca por alcançar as metas abusivas estipuladas a cada período.
Gestão pelo medo acabou ?
A representação dos empregados também questiona a afirmação do banco de que a gestão pelo medo acabou na Caixa. “O banco alardeia que a gestão pelo medo na Caixa acabou. Este pode ser um desejo da nova gestão, mas, efetivamente, não é verdade. Temos avanços sim, mas não o suficiente para acabar com as cobranças abusivas de metas.
Mesa de negociações
Temos previsão de Mesa de Negociação apenas do Saúde Caixa tendo em vista que o Acordo do plano vence em 31/08/23. Precisamos avançar em outros temas, principalmente quando o GT-Grupo de Trabalho não avançar e necessitar de uma decisão em Mesa de Negociação com as Confederações.
Dentre os assuntos que queremos discutir e debater estão: Plano de Funções Gratificadas (PFG) e os desdobramentos de encarreiramento na mesa de negociações, assim como o teletrabalho, que está no Acordo Coletivo mas que não tem sido cumprido totalmente pela Caixa e a Funcef (Fundação dos Economiários Federais – o plano de previdência dos empregados Caixa)
Outras cobranças
- Contratação de mais empregados para sanar o problema de sobrecarga;
- Atas das reuniões do GT;
- Universidade Caixa precisa chegar realmente às unidades e ser acessível, com tempo disponível para estudo durante o expediente e cursos presenciais;
- Solução para problemas de sistemas e equipamentos obsoletos;
- Calendário para mesas de negociações;
- Negociação sobre o Saúde Caixa;
- Retirada do “Fique bem” do “Conquiste”.
- CCV para conflitos, evitando-se a judicialização;
- Adaptar e acrescentar a pontuação acumulada para períodos seguintes, evitando a perda de pontuação (prêmios) pelo não atingimento de metas no período.
Informações e cobranças
A Caixa trouxe informações sobre o acesso remoto ao sistema interno, sobre a “trilha de saúde” e sobre Pessoas com Deficiência (PCDs) empregadas pelo banco, que atingiu os 5% obrigatórios por lei. Segundo o banco, dos 86.473 empregados, 5,01% (4.329) são PCDs.
“Nossa atuação foi fundamental para que o banco cumprisse a meta de 5% de empregados PCDs. Também tivemos importantes avanços no acesso remoto para empregados e até dirigentes sindicais, mesmo tendo alguns problemas a serem resolvidos
Os empregados lembraram que:
- Muitas vezes, mudanças no sistema não funcionam devido à qualidade dos equipamentos, que travam e há queda do sistema;
- Gestores dividem metade da atuação do teletrabalho em home office e a outra presencial, para evitar o pagamento do adicional estipulado na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria;
- A falta de prioridade para PCDs e pais de PCDs e crianças com até seis anos de idade para o teletrabalho, conforme definido no artigo 75-F da CLT, bem como a não redução da jornada para este grupo.
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