O gerente de banco sequestrado no dia 9 de outubro em Campo Grande por suspeitos que estariam interessados em roubar dinheiro do estabelecimento, pode estar envolvido com a quadrilha. A hipótese foi divulgada nesta segunda-feira (16) e se trata, segundo a Delegacia Especializada em Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros (Garras), de uma das principais linhas de investigação para esclarecer o crime.
De acordo com o delegado Fábio Pero, três homens, entre 20 e 30 anos, foram presos em flagrante por sequestro e extorsão. Na delegacia, os suspeitos confessaram o crime e admitiram estar atrás de uma espécie de token, um cartão que serve como ferramenta para poder realizar transações virtuais.
Ainda conforme o delegado, o novo método tem sido chamado de “cangaço digital” e se tornado comum nos grandes centros. “Tem causado um prejuízo enorme, principalmente em São Paulo, e esse cartão é uma das ferramentas para conseguir acesso. Nesse caso não foi retirado nada, já que o cartão foi imediatamente bloqueado”, explicou.
De acordo com o Garras, as investigações se concentram agora para apurar se o gerente do banco teria envolvimento com os sequestradores.
“Com informações prestadas por um dos envolvidos, há indícios de uma possível participação do gerente. Pelo o que foi dito, antes do sequestro, poderia estar havendo uma parceria entre os sequestradores e o bancário para a prática de um outro delito. Segundo o suspeito, eles juntos iriam subtrair os valores do banco. Entretanto, em determinado momento, o gerente negou a dar o cartão de acesso para os suspeitos e decidiu sair. Nesse momento, segundo as informações que seguem em investigação, os suspeitos decidiram sequestrar a namorada para que ele entregasse a força”, relatou o delegado Pedro Henrique Pillar Cunha.
Conforme o Garras, o gerente foi atraído para a casa da namorada pelos sequestradores e os dois passaram cerca de 2h no cativeiro.
“Dois dos suspeitos tomaram a namorada do gerente como refém, aí fizeram ela acionar ele, forçando o bancário a ir até a casa dela. Quando ele chegou lá também foi feito de refém sobre ameaça do simulacro. Ele foi forçado ir até a agência com os sequestradores para que buscar o token”, detalhou Fábio Pero.
Fonte: G1 (FEEB SC)