Os advogados do Bradesco concordaram em suspender por 180 dias o processo de produção antecipada de provas em seu litígio contra a Lojas Americanas e seus acionistas Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira. A ação era a principal frente da disputa entre o banco e os controladores da varejista.
O pedido para que a ação fosse suspensa foi feito pelos defensores da Americanas na terça-feira,17. Horas depois, o banco registrou sua resposta na 2.ª Vara Regional de Competência Empresarial e de Conflitos Relacionados à Arbitragem.
A fraude na Americanas deixou um rombo de R$ 20 bilhões nas contas da varejista. Tanto a Americanas quanto a LTS (a empresa que administra os negócios dos três acionistas de referência da empresa) negam que o trio participasse do dia a dia da administração ou soubesse das fraudes na empresa. As dívidas totais da varejista, que está em recuperação judicial, somam R$ 42 bilhões.
Os créditos do Bradesco equivalem a pouco mais de 10% desse total, cerca de R$ 4,7 bilhões. É em torno dessas cifras que o banco e a varejista travam a batalha judicial na 2.ª Vara em São Paulo. O Estadão procurou os representantes da Americanas e da LTS, mas não obteve ainda uma resposta sobre o recurso apresentado pelo banco.
A Americanas havia tentado suspender a produção antecipada de provas outras vezes e sempre enfrentou a resposta do Bradesco. Na última vez, em setembro, a varejista havia alegado a suspeição do perito nomeado pelo juízo para analisar seus documentos: a Kroll Associates.
Fonte: Estadão
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