Negociações sobre o Saúde Caixa foram destravadas e existe possibilidade de avanços, mas trabalhadores precisam ficar atentos até que seja renovado o acordo; próxima reunião será nesta quinta-feira (9)
A próxima reunião de negociações para a renovação do acordo específico referente ao Saúde Caixa, o plano de saúde das empregadas e empregados da Caixa Econômica Federal, está marcada para quinta-feira (9). As negociações estavam estagnadas, mas foram destravadas na quarta-feira (1º/11), em reunião ocorrida com o banco a pedido do Comando Nacional dos Bancários, após as mobilizações do dia de luta em defesa do plano, realizadas por todo o país em 30/10.
“Temos um cenário que aponta um déficit de mais de R$ 1 bilhão, considerando os custos de 2023 e as projeções atuariais de custos para 2024. Com essa retomada das negociações já temos uma sinalização positiva com relação ao custeio para sanar o déficit de 2023 que, se não for equalizado, nos obrigaria a arcar com o pagamento de 4,5 parcelas extraordinárias no próximo ano”, avaliou a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa e do GT Saúde Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt. “Nossa intenção é conquistar uma proposta melhor para o ano de 2024 que não onere os colegas a ponto de inviabilizar sua permanência no Saúde Caixa”, completou.
A Caixa se comprometeu a trazer simulações na reunião do dia 9, para permitir a discussão de possíveis formatos de custeio.
Mas, apesar dos avanços, a coordenadora da CEE orienta que as empregadas e os empregados se mantenham atentos às negociações. “Precisamos nos manter mobilizados, pois ainda não houve a renovação do acordo. E, o custeio é uma parte do problema, pois precisamos avançar na melhoria da qualidade do plano”, disse, ao acrescentar que em algumas cidades e regiões os usuários não conseguem atendimento básico. “Para tentar resolver este problema, uma das nossas solicitações é o retorno das antigas Gipes (Gerencias Regionais de Pessoas). Essas estruturas locais são fundamentais não só para atendimento aos usuários, mas também aos credenciados. E, por serem locais, possuem maior conhecimento das necessidades e particularidades de cada região”, disse Fabiana.
Avanços
A situação que estava sendo imposta pela Caixa para a renovação do Saúde Caixa era tida como muito preocupante pela CEE e pelo Comando Nacional dos Bancários. “Caso a situação não evoluísse, o risco para nós, usuários do plano, seria ter que arcar com as contribuições extraordinárias para custear o déficit deste ano, além do aumento médio de 85% nas mensalidades para o ano que vem. Por isso, a mesa foi tão importante”, explicou o diretor de Saúde e Previdência da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), Leonardo Quadros. Mas, para o diretor da Fenae, o cenário ainda é delicado, já que faltam apenas oito semanas para o fim do ano e as tratativas precisam se encerrar ainda antes deste prazo. “Temos cobrado que a Caixa assuma diversos custos, que entendemos ser próprios da empresa e não do plano, e assim possamos buscar um custeio melhor” completou.
Para evitar a cobrança de parcelas extraordinárias em 2024 (referentes a 2023), a Caixa concordou em também usar recursos do fundo de contingência do plano de saúde. Também disse que pode absorver parte dos custos administrativos, ou seja as despesas de pessoal de 2023. A representação dos trabalhadores solicitou que além de 2023, sejam também consideradas as estas despesas dos anos de 2021 e 2022, que foram colocados no custeio indevidamente, já que, mesmo com a restrição estatutária do banco, imposta em 2017, não eram cobrados até 2020. A Caixa ficou de avaliar essa possibilidade.
Reajustes
Mesmo com as alternativas que vem sendo discutidas na negociação deste ano, os trabalhadores avaliam que, para o ano que vem, os debates sobre a sustentabilidade do Saúde Caixa devem ser mantidos, com a defesa da manutenção dos mesmos princípios e características, além da melhoria da qualidade de atendimento e ampliação da rede credenciada.
“A Caixa vem pedindo que sejam feitos reajustes e cobranças de todos os usuários, não tendo mais a trava de dois dependentes. Entretanto, entendemos que tem que ter um teto para não onerar a renda dos titulares e acabar inviabilizando sua permanência no plano de saúde”, disse Fabiana.
Com relação às mensalidades, a coordenadora da CEE observou que a cobrança é proporcional aos rendimentos de cada empregado. “Então, as mensalidades já são reajustadas na medida em que há aumento nos salários. E a entrada de mais recursos pode ser resolvida pela própria Caixa, com a reversão da política de redução de pessoal que, além de permitir o aumento de usuários contribuintes, reduz a sobrecarga de trabalho e, consequentemente, o adoecimento e os custos médicos do Saúde Caixa. Temos que avançar também nesse debate”, concluiu a coordenadora da CEE. (Fonte: Seeb SP)
CAIXA PRECISA DE 20 MIL FUNCIONÁRIOS
Então continue lendo, pois temos uma excelente notícia para você (POR JERFFESON BRANDAO)
A Caixa Econômica Federal é mais do que uma instituição financeira, é um cofre de memórias e histórias brasileiras. Fundada em 1861, este banco estatal não apenas resguarda as economias de milhões de brasileiros, mas também tem sido o palco de sonhos e esperanças através da loteria, e um pilar de suporte em programas sociais.
Por trás de sua fachada corporativa, a Caixa é, na verdade, um retrato multifacetado da própria jornada e evolução do Brasil.
Déficit de funcionários na Caixa Econômica Federal
Recentemente, um estudo feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a pedido da Fenae, revelou que a Caixa Econômica Federal apresenta um déficit de cerca de 20.000 funcionários. Isso significa que cada bancário da instituição tem que atender, em média, 1,7 mil clientes.
A redução no quadro de funcionários, contrastando com o aumento do número de clientes e contas, gerou um cenário desafiador. Especialistas alertam para a consequência deste cenário: superlotação nas agências, maior pressão sobre os trabalhadores e, consequentemente, potencial queda na qualidade do atendimento à população.
No início deste do mês de outubro, Rita Serrano, então presidente da CEF, anunciou durante uma transmissão ao vivo que o edital para o novo concurso deve ser publicado até o começo de 2024.
Nota Importante: A presidente da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano, foi demitida pelo presidente Lula. No entanto, a expectativa é que o concurso previamente anunciado e previsto prossiga conforme planejado.
Edital para concurso
O edital para o novo concurso da Caixa Econômica Federal está previsto para ser publicado até o início de 2024. (Fonte: Informe Brasil)
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