Palácio Avenida sede do Bradesco em Curitiba – foto Paulinho Costa feebpr –
Mesmo tendo apresentado lucro de R$ 16,3 bilhões em 2023, o Bradesco segue fechando agências bancárias pelo país. Somente nos municípios localizados na base de atuação do Sindicato dos Bancários de São Paulo, mais 18 unidades serão fechadas e incorporadas até o fim de março. De acordo com apurações, em abril outros locais também serão afetados.
Relação das agências que serão fechadas
Os bancários dessas unidades estão apreensivos por não saberem para onde serão realocados, e se permanecerão empregados.
Em reunião com o Bradesco, o Sindicato dos Bancários de São Paulo cobrou a realocação desses trabalhadores e a manutenção de todos os empregos. A entidade também está fazendo reuniões com os bancários das agências atingidas, e realizando um levantamento para onde serão realocados.
“Não bastam as inúmeras demissões que ocorrem mensalmente. O banco segue fechando agências. Com isto, ainda há o agravamento da reclamação dos clientes sobre a transferência de sua agência para outro local. A responsabilidade em gerenciar um banco deste porte não deve recair sobre os trabalhadores bancários, que são os pilares da sustentação de uma instituição financeira”, afirma Márcio Rodrigues, dirigente sindical e bancário do Bradesco.
Entre o último trimestre de 2019 e o último trimestre de 2023, o Bradesco fechou 1.783 agências e 703 postos de atendimento bancário, segundo dados dos demonstrativos financeiros do próprio banco.
“Com esta movimentação, o Bradesco ainda contribui para o desequilíbrio econômico regionalizado, pois o fechamento de uma agência também impacta nos empregos indiretos, como vigilantes, limpeza e manutenção, além de prejudicar o comércio local”, critica Márcio.
“O fechamento de agências ainda exclui grande parcela da população do atendimento bancário, sobretudo os mais idosos e as pessoas em situação de vulnerabilidade social, que não têm condições ou conhecimento para buscar atendimento pelos canais virtuais. Bancos são concessões públicas e têm a obrigação de prestar atendimento bancário a todos. Vamos seguir protestando a cada fechamento de agência, e continuar cobrando a manutenção de todos os empregos”, finaliza o dirigente. (Fonte: Seeb SP)
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