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“ Nunca foi por dinheiro”, diz CEO do Banco do Brasil, após ter reajuste salarial ‘rejeitado’

Tarciana Medeiros, presidente do Banco do Brasil (BBAS3) , ganhou os holofotes nas últimas semanas após o Conselho de Administração do banco colocar em pauta um reajuste salarial que elevaria o salário da CEO de R$ 74,97 mil para R$ 117,47 mil – um aumento de 56,7%. A assembleia de acionistas rejeitou a proposta inicial e elevou o salário da presidente em 4,62%, para R$ 78,43 mil.
O valor, apesar de muito acima da média salarial brasileira, fica aquém da remuneração dos presidentes de bancos privados brasileiros, que ganham até 94,4% a mais que Medeiros. A estimativa é do consultor em governança Renato Chaves, com dados divulgados pela Forbes Brasil.

Estou aqui há 24 anos: nunca foi por dinheiro”, disse Medeiros em coletiva nesta quinta-feira, 9, para comentar o resultado do BB no primeiro trimestre. O banco estatal apresentou um lucro de R$ 9,3 bilhões no período, com uma rentabilidade de 21,7% – indicadores que só ficam atrás dos apresentados pelo Itaú.

A defasagem da remuneração dos executivos do BB em relação aos pares é pauta no Conselho há anos segundo Geovanne Tobias, CFO do banco. “Estamos em um mercado altamente competitivo e com resultados comparáveis aos pares. Então não seria de se esperar outra recomendação que não essa”, acrescentou.

O lucro do BB no primeiro trimestre foi maior que os resultados de Bradesco e Santander somados. O Bradesco apresentou um lucro de R$ 4,2 bilhões, enquanto o Santander Brasil teve R$ 3 bilhões em resultado no primeiro trimestre.

Fonte: Exame (FEEB SC)