O Santander divulgou nesta segunda-feira (3) os resultados do seu primeiro Censo de Diversidade e Inclusão, que contou com a participação de 26 mil trabalhadores, representando 51% do quadro funcional do banco. A iniciativa visa conhecer melhor os empregados em relação a características de raça, gênero, geração, orientação sexual e deficiência, com o intuito de melhorar as condições de trabalho e promover um ambiente mais inclusivo.
De acordo com os dados divulgados:
- 58% dos respondentes se autodeclararam brancos, 30,2% pardos, 9% pretos, 2,1% amarelos e 0,2% indígenas.
- Em termos de identidade de gênero, 52,7% se identificaram como mulheres cis, 0,2% como mulheres trans, 45,5% como homens cis, 0,2% como homens trans e 0,3% como não binários.
- As gerações foram representadas da seguinte forma: 69,8% da geração Y, 17,1% da geração X, 12,8% da geração Z e 0,3% baby boomers.
- Em relação à orientação sexual, 87% se autodeclararam heterossexuais, 5,4% bissexuais, 4,5% gays, 1,7% lésbicas, 1,1% pansexuais e 0,3% outros.
- Entre as pessoas com deficiência, 52,7% possuem deficiência física, 21,6% visual, 13,1% neuro divergente, intelectual ou múltipla, e 12,7% auditiva.
Wanessa de Queiroz, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, destacou que, para o movimento sindical, a pesquisa é fundamental. “A partir do Censo, temos material para que possamos atender às reivindicações de todos esses grupos, especialmente na mesa permanente que temos estabelecida na ACT Santander. Isso nos permite discutir, por exemplo, a importância da ascensão profissional para todos, destacando a participação das mulheres, que representam 52,9% do quadro”, explicou.
Ela ressaltou a necessidade de incentivo à formação de lideranças em áreas executivas do banco, onde atualmente apenas uma posição é ocupada por uma mulher. “O respeito à diversidade é fundamental para que a empresa cresça, respeite e atenda às necessidades de todos os empregados, fornecendo um ambiente mais respeitoso para todos no Brasil. O movimento sindical estará sempre atuando nas mesas da COE para representar e levar todas as reivindicações, com o intuito de avançar nas conquistas e nos direitos estabelecidos.”
Wanessa também destacou as desigualdades salariais entre homens e mulheres, particularmente entre mulheres negras. “Apesar das mulheres representarem o maior grupo de empregados, ainda observamos diferenças significativas em relação aos ganhos. Grande parte das mulheres recebe percentuais menores do que os homens, e a diferença é ainda maior quando se trata de mulheres negras.”
Segundo levantamentos organizados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), as mulheres recebem em média 21% menos que os homens. Na categoria bancária, o cenário é um pouco pior: as mulheres recebem em média 22,2% menos que os homens. Se a mulher bancária for negra, então, ela recebe em média 40,6% a menos que o homem bancário branco. (Fonte:: Seeb SP)
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