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EM REUNIÃO, BRADESCO AFIRMA QUE VAI CONTINUAR O PROCESSO DE DEMISSÕES

A Federação dos Bancários de Santa Catarina participou da reunião por videoconferência, realizada ontem (8), com a Contec (Confederação Nacional dos Bancários), a direção do Bradesco negou o cancelamento das 427 demissões realizadas até o momento – durante a pandemia do novo coronavírus – e a suspensão de qualquer desligamento até 31 de dezembro.

Esta posição do banco foi manifestada pelos representantes do Bradesco durante a reunião virtual: Eduara Cavalheiro, diretora de Relações Sindicais; Priscila Mosca, gerente de Relações Sindicais, e Juliano Marcílio, diretor de RH, Sustentabilidade e Relações Institucionais. Do lado da Contec, participaram 87 dirigentes sindicais da Confederação, das federações e dos sindicatos filiados.

Quando cobrado sobre o compromisso assumido no início da pandemia do coronavírus (Covid-19), o banco disse que as condições iam até maio e que os “ajustes” são por conta da restruturação. O movimento sindical discordou e garante que era até o final da pandemia, que ainda não acabou.

Os presidentes das Federações de Bancários requereram, com muita ênfase, que o Bradesco reconsidere sua decisão de demitir tantos empregados, pois o setor bancário não passa pelas mesmas dificuldades financeiras que enfrentam outros setores da economia em razão da pandemia do novo coronavírus.

Falando pelo banco, Juliano Marcílio alegou que as dispensas se fazem inevitáveis, justificando que, “com a pandemia, houve mudanças significativas na forma de transação bancária, que passaram para meios eletrônicos, aliada a necessidade de competição com outras instituições, como as fintec e que o banco tem que tomar medidas para sua sustentação neste novo cenário mundial, onde a pandemia fez acelerar em vários anos as ações humanas, sobretudo empresas que têm a tecnologia como instrumento de negócios.”

Além do lucro, o Banco Bradesco informou nessa quinta-feira que conseguiu todas as autorizações regulatórias para a compra do BAC Flórida Bank nos Estados Unidos.

“Não existem razões para que um banco, considerado a empresa de capital aberto mais lucrativa da América Latina, demita trabalhadores em plena pandemia. Diante das negativas do Bradesco, vamos fortalecer cada vez mais a campanha contra as demissões”, afirmou Armando Machado Filho.