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Gerente do Bradesco recebe notícia de sua demissão em plena confraternização com colegas de agência

De malas prontas com sua família para sua transferência da Agência Ministro Ary Franco (0955), em Bangu, para assumir, após sua promoção, a unidade do banco em Paraty, um gerente de contas teve um constrangimento diante dos colegas no momento da confraternização de sua despedida na agência onde trabalhava. O próprio Gerente Geral da Regional Barra que o havia promovido fez o anúncio de sua dispensa: “Surpresa, você foi demitido”, teria dito o Regional.

Motivo injustificável 

O motivo para a dispensa teria sido ddevido às cotas comercializadas pelos gerentes de contas da agência em Bangu que “foram canceladas pelos clientes após alguns meses de pagamento”.

“Além de toda a pressão desumana e adoecedora para o cumprimento de metas abusivas, ainda somos responsabilizados por eventuais desinteresses na continuidade do pagamentos dos produtos pelos clientes”, criticou o diretor de base do Sindicato, Herbert Correa.

“Ou seja, um Gerente Geral nao é apenas responsável pela gestão da agência, ele ainda deveria participar de todas as tratativas comerciais de seus gerentes de conta e ainda fazer o papel do pós venda que na verdade, deveria ser feito pelo telemarketing do banco, contatando os clientes para analisar a qualidade na comercialização dos produtos”, acrescentou Herbert, lembrando que estas cobranças são “humanamente impossíveis de serem atendidas pelo gerente, considerando o número de funcionários que compõe cada agência, reuniões presenciais e áudio conferências diárias de cobranças e alinhamento de estratégias”.

O Bradesco parece se esquecer também que o Brasil vive uma dificuldade para se recuperar de uma crise econômica e é comum clientes deixarem de pagar por serviços que adquiriram num banco ou empresa.

“O gerente de conta, segundo a visão opressora do Bradesco, não deve apenas comercializar, mas milagrosamente garantir que seus clientes permaneçam pagando pelos produtos, para assim garantir a soberania da sua regional no ranking, que pelo que se vê não aceita desistências nem por parte de seus clientes”, explica o dirigente sindical.

“Se já não bastasse toda a opressão diária com fechamentos desordenados de agências e demissões, o bancário ainda corre o risco de perder seu emprego caso eventualmente um cliente não tenha mais condições de continuar com o pagamento de um produto. É como se agora os funcionários fossem ‘garantidores’, responsáveis pela vida financeira de nossos clientes também. Um verdadeiro absurdo”, explica o diretor do Sindicato,  Sérgio Menezes.

Além do Gerente Geral foram demitidos também o gerente de empresas e de Pessoa Física da mesma agência Ary Franco, em Bangu, e todos sob as mesmas alegações estapafúrdias.

Fonte: Seeb Rio (FEEB SC)